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“Agora é hora de moderação”: líderes mundiais reagem aos ataques de Israel contra Irã
Publicado 13/06/2025 • 08:35 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 13/06/2025 • 08:35 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Pessoas se reúnem na rua perto de um veículo de emergência após os ataques israelenses, em Teerã, Irã, em 13 de junho de 2025.
Foto: Majid Asgaripour | Via Reuters
Líderes globais pedem moderação após Israel lançar uma série de ataques aéreos contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13), em mais um episódio de escalada nas tensões regionais.
Israel afirmou que os ataques tinham como alvo o programa nuclear iraniano. Segundo a mídia iraniana, cientistas nucleares de alto escalão e autoridades militares graduadas foram mortos nas investidas.
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Embora os Estados Unidos não tenham participado diretamente dos ataques, o presidente Donald Trump foi informado previamente sobre a operação.
“Não estamos envolvidos em ataques contra o Irã, e nossa principal prioridade é proteger as forças americanas na região”, declarou o secretário de Estado Marco Rubio, em comunicado. Washington, que vem conduzindo negociações para firmar um novo acordo nuclear com Teerã, já havia declarado anteriormente que prefere uma solução diplomática a uma ofensiva armada.
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Segundo um porta-voz militar israelense, o Irã lançou cerca de 100 drones em direção ao território israelense, que o país tenta interceptar. Um estado de emergência foi declarado em Israel.
Os ataques aumentaram o temor de que o conflito se amplie ainda mais em uma região já marcada por instabilidade e confrontos, especialmente nos arredores da Faixa de Gaza.
Nesta sexta-feira, Trump afirmou na plataforma Truth Social que já havia alertado o Irã sobre a força do armamento militar dos Estados Unidos “e que Israel possui muitos desses equipamentos, com muito mais a caminho — e eles sabem como usá-los”.
Ele também instou o Irã a firmar um acordo nuclear “antes que não reste mais nada”, sugerindo que ataques futuros podem ser ainda mais intensos.
Em outro ponto do mundo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, classificou os relatos de ataques como “preocupantes” e pediu que os envolvidos “recuem e reduzam urgentemente as tensões”.
“A estabilidade no Oriente Médio deve ser prioridade, e estamos dialogando com parceiros para conter a escalada. Agora é hora de moderação, calma e retorno à diplomacia”, escreveu em publicação na rede X (antigo Twitter).
O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, também alertou que qualquer escalada adicional representa “uma séria ameaça à paz e à estabilidade na região, e não interessa a ninguém”.
Na França, o ministro de Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, fez coro aos apelos por moderação, pedindo “a todas as partes que evitem qualquer escalada que comprometa a estabilidade regional”.
Em uma publicação nas redes sociais, Barrot lembrou ainda que a França já havia expressado preocupações com o programa nuclear iraniano.
“Reafirmamos o direito de Israel de se defender de qualquer ataque”, disse ele, segundo tradução da CNBC. O ministro acrescentou que é essencial aliviar as tensões por meio de canais diplomáticos, e que a França está comprometida em contribuir com esse esforço.
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O chanceler alemão Friedrich Merz reforçou o mesmo posicionamento em uma série de postagens na rede X, afirmando que a Alemanha está disposta a influenciar as partes envolvidas com todas as ferramentas diplomáticas disponíveis.
“Reafirmamos que Israel tem o direito de defender sua existência e a segurança de seus cidadãos. Pedimos a ambos os lados que evitem medidas que possam gerar nova escalada e desestabilizar toda a região”, disse ele, segundo tradução da CNBC. “O objetivo deve continuar sendo impedir que o Irã desenvolva armas nucleares”, completou.
Na Ásia, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, condenou o ataque israelense e alertou que ele pode desestabilizar ainda mais a região. “A Malásia conclama os parceiros de Israel – especialmente os que têm influência e poder de pressão – a exercerem a máxima pressão para impedir novas agressões”, escreveu em rede social.
O ministério das Relações Exteriores da China também pediu esforços para conter a escalada e se colocou à disposição para ajudar nesse processo, segundo tradução da CNBC com base em relatório da mídia estatal.
Já o ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou, em comunicado, que condena os ataques de Israel e considera “categoricamente inaceitáveis” as agressões não provocadas contra membros soberanos das Nações Unidas, segundo tradução do Google.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, declarou que “a situação no Oriente Médio é perigosa”. “A diplomacia continua sendo o melhor caminho, e estou pronta para apoiar qualquer esforço diplomático de desescalada”, afirmou em publicação na rede X.
Um porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que o chefe da ONU condena “qualquer escalada militar no Oriente Médio” e pediu “máxima moderação”.
“Ele está particularmente preocupado com os ataques israelenses contra instalações nucleares no Irã, enquanto ocorrem negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano”, disse o porta-voz em nota.
Diversos líderes do Oriente Médio também reagiram, enquanto os mercados acompanham atentos a possibilidade de um conflito mais amplo.
O ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita denunciou “as agressões flagrantes de Israel contra a irmã República Islâmica do Irã, que minam sua soberania e segurança e constituem clara violação das leis e normas internacionais”.
Apesar das rivalidades geopolíticas e disputas por influência no setor petrolífero, Arábia Saudita e Irã reataram relações diplomáticas em 2023.
Os Emirados Árabes Unidos também condenaram os ataques israelenses e expressaram “profunda preocupação com a escalada em curso e suas repercussões na segurança e estabilidade regionais”, segundo comunicado do ministério das Relações Exteriores do país.
“O país enfatizou a necessidade de resolver disputas por meios diplomáticos, e não por confronto e escalada, e pediu ao Conselho de Segurança da ONU que tome medidas urgentes e necessárias para alcançar um cessar-fogo e reforçar a paz e segurança internacionais”, afirmou o ministério.
Os Emirados estão entre os poucos países árabes que mantêm relações diplomáticas – parciais ou plenas – com Israel.
Já o ministério das Relações Exteriores do Catar classificou os ataques como “uma violação flagrante da soberania e da segurança do Irã, além de uma clara infração ao direito internacional e seus princípios estabelecidos”.
A Turquia, por sua vez, declarou que “Israel deve cessar imediatamente suas ações agressivas, que podem levar a conflitos mais amplos”. Em comunicado do ministério turco, Ancara – que tem sido crítica ao governo de Benjamin Netanyahu – reiterou que “não quer ver mais derramamento de sangue e destruição no Oriente Médio”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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