KEY POINTS
A cúpula do Mercosul, que ocorre nesta semana em Montevidéu, é vista como um momento fundamental para avançar no acordo de livre comércio entre os blocos sul-americano e europeu.
As negociações, que se estendem há 25 anos, enfrentam divisões dentro da União Europeia (UE), onde países a favor e contrários ao tratado expõem interesses divergentes.
Ao mesmo tempo, o Mercosul busca consolidar sua posição e pressionar por um desfecho.
Entre os defensores do acordo estão Alemanha, Espanha, Portugal e nações do Leste Europeu.
Esses países enxergam no tratado uma oportunidade para abrir novos mercados na América Latina, especialmente em meio à crescente competição chinesa e aos possíveis impactos de um novo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos.
Por outro lado, França e Polônia lideram a oposição ao tratado, argumentando que ele traria concorrência desleal para seus agricultores, devido às diferenças nos padrões ambientais, sanitários e trabalhistas.
A cúpula do Mercosul em Montevidéu, na quinta (5) e sexta-feira (6), é considerada uma oportunidade histórica para anunciar o acordo.
Diplomatas brasileiros indicam que as negociações avançaram significativamente nas reuniões em Brasília nesta semana, criando expectativas de que o tratado possa ser formalizado.
A presença de Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia e defensora do acordo, ainda é incerta, mas a pressão por um desfecho é crescente.
Os defensores do acordo na Europa argumentam que ele ajudará a UE a se consolidar como parceira econômica da América Latina, reduzindo a influência da China.
Além disso, buscam reforçar alianças estratégicas em um momento de incerteza no comércio global, especialmente com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Os encontros em Brasília reuniram representantes do Mercosul e da União Europeia para ajustar os últimos detalhes.
Segundo fontes diplomáticas, as negociações focaram em mecanismos para assegurar padrões ambientais e aliviar preocupações de países europeus.
A decisão final será debatida na cúpula de Montevidéu, onde líderes sul-americanos esperam fechar um capítulo de 25 anos de negociações e avançar em um dos maiores tratados comerciais da história.
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