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Mercosul quer anunciar acordo com União Europeia nesta semana

Publicado 04/12/2024 • 17:36 | Atualizado há 7 meses

AFP

KEY POINTS

  • A cúpula do Mercosul, que ocorre nesta semana em Montevidéu, é vista como um momento fundamental para avançar no acordo de livre comércio entre os blocos.
  • As negociações, que se estendem há 25 anos, enfrentam divisões dentro da União Europeia (UE).
  • Ao mesmo tempo, o Mercosul busca consolidar sua posição e pressionar por um desfecho.

A cúpula do Mercosul, que ocorre nesta semana em Montevidéu, é vista como um momento fundamental para avançar no acordo de livre comércio entre os blocos sul-americano e europeu.

As negociações, que se estendem há 25 anos, enfrentam divisões dentro da União Europeia (UE), onde países a favor e contrários ao tratado expõem interesses divergentes.

Ao mesmo tempo, o Mercosul busca consolidar sua posição e pressionar por um desfecho.

Países a favor do acordo

Entre os defensores do acordo estão Alemanha, Espanha, Portugal e nações do Leste Europeu.

Esses países enxergam no tratado uma oportunidade para abrir novos mercados na América Latina, especialmente em meio à crescente competição chinesa e aos possíveis impactos de um novo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos.

  • Alemanha: vê o acordo como essencial para revitalizar sua indústria automobilística e compensar perdas de competitividade frente à China. A ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, chamou o desfecho desta semana de “provavelmente a última oportunidade” para concluir o tratado.
  • Espanha e Portugal: tradicionalmente aliados do Brasil e do Mercosul, esses países buscam fortalecer as relações comerciais com a América Latina e diversificar suas parcerias econômicas.

Países contrários ao acordo

Por outro lado, França e Polônia lideram a oposição ao tratado, argumentando que ele traria concorrência desleal para seus agricultores, devido às diferenças nos padrões ambientais, sanitários e trabalhistas.

  • França: sob a liderança do presidente Emmanuel Macron, o país é um dos maiores críticos. Agricultores franceses temem perder mercado para produtos agrícolas do Mercosul, especialmente carne e alimentos processados brasileiros, que consideram mais competitivos.
  • Polônia: juntou-se recentemente à oposição, preocupada com os impactos do acordo sobre a segurança alimentar e os agricultores locais, que enfrentariam custos mais altos devido a regulamentações ambientais rigorosas.

Por que esta semana é decisiva?

A cúpula do Mercosul em Montevidéu, na quinta (5) e sexta-feira (6), é considerada uma oportunidade histórica para anunciar o acordo.

Diplomatas brasileiros indicam que as negociações avançaram significativamente nas reuniões em Brasília nesta semana, criando expectativas de que o tratado possa ser formalizado.

A presença de Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia e defensora do acordo, ainda é incerta, mas a pressão por um desfecho é crescente.

Os defensores do acordo na Europa argumentam que ele ajudará a UE a se consolidar como parceira econômica da América Latina, reduzindo a influência da China.

Além disso, buscam reforçar alianças estratégicas em um momento de incerteza no comércio global, especialmente com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

O impacto das reuniões desta semana

Os encontros em Brasília reuniram representantes do Mercosul e da União Europeia para ajustar os últimos detalhes.

Segundo fontes diplomáticas, as negociações focaram em mecanismos para assegurar padrões ambientais e aliviar preocupações de países europeus.

A decisão final será debatida na cúpula de Montevidéu, onde líderes sul-americanos esperam fechar um capítulo de 25 anos de negociações e avançar em um dos maiores tratados comerciais da história.

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