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BIS: dúvidas sobre sustentabilidade fiscal após pacote de Lula no Brasil
Publicado 10/12/2024 • 09:52 | Atualizado há 9 meses
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Publicado 10/12/2024 • 09:52 | Atualizado há 9 meses
foto: Pexels
O Banco de Compensações Internacionais (BIS) fez um alerta quanto a implicações de dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal em mercados emergentes, após medidas de corte de gastos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terem sido amplamente questionadas. A recomendação da entidade, que é considerada o “banco central dos bancos centrais” e está sediada em Basileia, na Suíça, é “manter a casa em ordem”.
“O Brasil é mais um exemplo dos problemas que temos destacado em mercados emergentes, com um histórico de inflação mais alta, mas isso se aplica a todas essas economias: manter a posição fiscal em ordem, a casa em ordem, é importante”, disse o diretor do Departamento Econômico e Monetário do BIS, Claudio Borio, em coletiva de imprensa, ao comentar o relatório trimestral da entidade, publicado nesta terça-feira, 10.
De acordo com ele, as implicações de dúvidas quanto à sustentabilidade fiscal têm um impacto maior e tendem a se materializar em ritmo mais rápido nas economias emergentes do que em outros países. “É exatamente por isso que é muito importante tentar consolidar a posição fiscal e garantir que não haja dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal”, reforçou Borio.
Em seu relatório trimestral, o BIS destaca o efeito de incertezas políticas e fiscais pesaram em moedas emergentes no último trimestre. No Brasil, as esperadas medidas de corte de gastos foram mal recebidas pelo mercado, o que levou o real a desvalorizar frente ao dólar e pressionou os juros futuros para cima, segundo a entidade.
“O real brasileiro se desvalorizou em dezembro, pois as medidas altamente antecipadas para conter os gastos públicos foram questionadas”, diz o BIS, em seu relatório trimestral, publicado nesta terça. Por sua vez, os mercados de juros futuros no Brasil refletiram principalmente a “forte atividade econômica doméstica” e o “aperto monetário em meio às crescentes pressões inflacionárias”, avalia. “Os mercados emergentes enfrentaram ventos contrários e as condições financeiras se apertaram”, alerta o BIS, no documento.
De acordo com a entidade, com algumas poucas exceções, a maioria dos mercados de ações da região registraram perdas recentes, enquanto as moedas se depreciaram e os rendimentos dos títulos públicos aumentaram. “Algumas moedas de emergentes também se depreciaram devido a incertezas políticas e fiscais domésticas”, acrescenta.
China
No caso da China, as medidas de estímulo econômico causaram repercussões positivas visíveis, embora de curta duração, nos mercados de ações de mercados emergentes com laços comerciais mais fortes com o país, conforme o BIS. “O impacto foi especialmente perceptível no Brasil e em alguns outros exportadores de commodities latino-americanos, como o Chile”, avalia.
Quanto aos mercados de dívida, os ativos emergentes tiveram reações divergentes refletindo diferenças no cenário macro, ciclos de política monetária e exposição aos desdobramentos nos EUA, em meio à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas, conforme o BIS. Os títulos mexicanos, por exemplo, se mostraram “especialmente sensíveis”.
“A maioria dos países latino-americanos também manteve uma postura fiscal expansionista, colocando mais pressão ascendente sobre os rendimentos”, conclui o BIS.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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