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China diz estar pronta para ‘fortalecer’ cooperação com os EUA após negociações comerciais
Publicado 11/06/2025 • 08:46 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 11/06/2025 • 08:46 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
Pedestres passam por postes de luz decorados com bandeiras nacionais chinesas antes do feriado do Dia do Trabalho, em 29 de abril de 2025, em Xangai, China.
Foto de Wang Gang/VCG via Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
O vice-premiê da China e principal negociador comercial do país afirmou que Pequim está pronta para “fortalecer a cooperação” com Washington, segundo a mídia estatal chinesa nesta quarta-feira (11), após negociações comerciais em Londres que, segundo os chineses, tiveram avanços substanciais.
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, demonstrou otimismo após um dia inteiro de negociações, afirmando que as preocupações relacionadas aos minerais de terras raras e aos ímãs “serão resolvidas” com a implementação do acordo.
Mas esse entendimento ainda precisará ser aprovado pelos líderes em Washington e em Pequim, disseram autoridades ao final das reuniões na histórica Lancaster House, na capital britânica.
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Todas as atenções estavam voltadas para os resultados das negociações, já que ambos os lados tentavam superar um impasse sobre as restrições de exportação. Autoridades norte-americanas haviam acusado anteriormente Pequim de atrasar deliberadamente as aprovações para embarques de terras raras.
As duas maiores economias do mundo também buscavam uma trégua mais duradoura na guerra de tarifas em curso, cujas cobranças estão atualmente suspensas apenas de forma temporária.
“Estamos avançando o mais rápido que podemos”, disse o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, a repórteres na terça-feira.
“Gostaríamos muito de encontrar um acordo que faça sentido para os dois países”, acrescentou, ressaltando que o relacionamento é complexo.
“Estamos confiantes em manter esse engajamento com os chineses”, afirmou.
Separadamente, o representante de Comércio Internacional da China, Li Chenggang, disse a repórteres: “Nossa comunicação tem sido muito profissional, racional, profunda e franca.”
Li demonstrou esperança de que o progresso obtido em Londres ajude a aumentar a confiança entre as duas partes.
Em comunicado da mídia estatal divulgado nesta quarta-feira, o vice-premiê chinês He Lifeng, que liderou a equipe de Pequim em Londres, destacou a necessidade de que os dois lados fortaleçam a cooperação em futuros diálogos.
“Como próximo passo, os dois lados devem… continuar ampliando o consenso, reduzindo mal-entendidos e fortalecendo a cooperação”, disse He Lifeng, segundo a emissora estatal CCTV.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, havia descrito anteriormente as tão esperadas negociações comerciais como produtivas, embora conflitos na agenda tenham forçado sua saída antecipada de Londres, com as conversas ainda em andamento.
Bessent, que liderava a delegação americana ao lado de Lutnick e Greer, retornou mais cedo a Washington para prestar depoimento ao Congresso, informou um funcionário norte-americano à AFP.
Ainda não há novo encontro agendado entre os dois países.
Mas Lutnick afirmou na terça-feira que as medidas dos EUA impostas quando os suprimentos de terras raras “não estavam chegando” provavelmente seriam relaxadas assim que Pequim avançasse com mais aprovações de licenças.
As bolsas subiram nesta quarta-feira com os investidores reagindo positivamente ao acordo entre China e EUA para reduzir as tensões comerciais, alimentando esperanças de que as potências econômicas cheguem a um pacto mais amplo sobre tarifas.
Hong Kong foi uma das bolsas com melhor desempenho na Ásia, enquanto os mercados europeus também registraram alta.
As negociações em Londres seguem um encontro realizado em Genebra no mês passado, no qual foi fechado um acordo temporário para reduzir tarifas.
Desta vez, as exportações chinesas de minerais de terras raras — usados em diversos produtos, incluindo smartphones, baterias de veículos elétricos e tecnologias verdes — foram tema central na agenda.
“Em Genebra, concordamos em reduzir as tarifas sobre esses produtos, e eles concordaram em liberar os ímãs e terras raras de que precisamos em toda a economia”, disse Kevin Hassett, principal assessor econômico do presidente dos EUA, Donald Trump, à CNBC na segunda-feira.
Embora Pequim estivesse liberando parte dos suprimentos, “o processo estava mais lento do que muitas empresas consideravam ideal”, acrescentou.
Ambos os países “desenvolveram quase um arsenal espelhado de ferramentas comerciais e de investimento que podem direcionar um contra o outro”, disse Emily Benson, chefe de estratégia da Minerva Technology Futures.
Ao utilizar instrumentos econômicos para tentar alterar a estrutura do poder global, pode não ser razoável esperar um acordo tradicional de comércio e investimento, afirmou ela à AFP.
Mas as duas partes podem encontrar formas de estabilizar a escalada.
Uma redução das tensões pode envolver esforços da China para aprimorar o processo de concessão de licenças de exportação, disse Benson, observando que Pequim parece estar com equipe insuficiente diante do volume de solicitações.
Do lado norte-americano, isso poderia se traduzir em um afrouxamento de certas restrições às exportações no setor de alta tecnologia, acrescentou.
Ainda assim, analistas permanecem cautelosos. Thomas Mathews, da Capital Economics, alertou que Washington dificilmente “irá recuar completamente”, o que pode pesar nos mercados.
Desde que reassumiu a presidência, Trump impôs uma tarifa de 10% a aliados e adversários, ameaçando aumentos mais severos a dezenas de economias.
As tarifas impactaram o comércio, com dados chineses mostrando uma queda acentuada das exportações para os EUA em maio.
Na terça-feira, o Banco Mundial se juntou a outras organizações internacionais e reduziu sua previsão de crescimento global para 2025, em meio à incerteza comercial.
A China também está em negociações com parceiros como Japão e Coreia do Sul para tentar formar uma frente unificada contra as tarifas de Trump.
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