FBI investiga vínculos terroristas em atropelamento em Nova Orleans; veja o vídeo
Publicado qui, 02 jan 2025 • 10:51 AM GMT-0300 | Atualizado há 42 dias
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Publicado qui, 02 jan 2025 • 10:51 AM GMT-0300 | Atualizado há 42 dias
KEY POINTS
As autoridades dos Estados Unidos investigavam nesta quinta-feira (2) o caso de um veterano do exército com uma bandeira do Estado Islâmico que, determinado a causar carnificina, dirigiu uma caminhonete contra uma multidão de pessoas comemorando o Ano Novo em Nova Orleans. O ataque deixou ao menos 15 mortos e dezenas de feridos.
O FBI identificou o agressor como Shamsud-Din Jabbar, um cidadão norte-americano de 42 anos, residente do Texas. Ele era corretor de imóveis em Houston e havia servido como especialista em TI no exército.
As autoridades disseram que buscavam cúmplices, mas forneceram poucos detalhes.
A superintendente da polícia, Anne Kirkpatrick, classificou Jabbar como um “terrorista”. O FBI afirmou que “uma bandeira do ISIS foi encontrada no veículo”, usando outro nome para o grupo jihadista Estado Islâmico.
“Foi assustador, eu chorei muito”, disse à AFP o turista Ethan Ayersman, de 20 anos, que estava em Nova Orleans. Ele era um dos muitos visitantes da vibrante cidade do sul dos EUA para as celebrações de Ano-Novo e havia aproveitado a famosa Bourbon Street, onde ocorreu o ataque, até de madrugada.
Mais tarde, Ayersman disse que seu irmão o acordou após ouvir tiros e o som de um carro acelerando.
Da janela do local onde estavam hospedados, puderam ver “alguns dos corpos sendo alinhados”, relatou Ayersman.
O presidente dos EUA, Joe Biden, classificou o ataque como “desprezível” e afirmou que Jabbar havia postado vídeos online horas antes, indicando que estava inspirado pelo ISIS.
Biden também informou que as autoridades investigavam possíveis ligações entre o ataque e a explosão de uma caminhonete Tesla Cybertruck em frente a um hotel de Donald Trump em Las Vegas, que matou uma pessoa. No entanto, ele ressaltou que, até o momento, nenhuma conexão havia sido encontrada.
As autoridades confirmaram na quarta-feira (1º) que uma caçada estava em andamento, e a agente do FBI, Alethea Duncan, alertou que “não acreditamos que Jabbar tenha agido sozinho”.
O governador da Louisiana, Jeff Landry, declarou: “Estamos caçando pessoas perigosas.”
O FBI afirmou estar realizando mandados de busca em Nova Orleans e em outros estados. O escritório do FBI em Houston, Texas, também confirmou atividades relacionadas ao ataque em Nova Orleans.
Um porta-voz do FBI disse à AFP que 15 pessoas foram mortas no ataque, citando o escritório do legista em Nova Orleans.
Entre as vítimas está Nikyra Cheyenne Dedeaux, de 18 anos, que havia se formado no ensino médio no ano anterior e estava prestes a iniciar um curso de enfermagem. Sua mãe, Melissa Dedeaux, disse ao site Nola.com que a filha havia ido escondida a Nova Orleans com uma prima e uma amiga para comemorar o Ano-Novo.
Outro morto foi Reggie Hunter, gerente de armazém de 37 anos e pai de dois filhos, de Baton Rouge, segundo informações do New York Times. O jornal também identificou Tiger Bech, ex-jogador de futebol americano da Universidade de Princeton, entre as vítimas fatais.
A polícia informou que o ataque começou por volta das 3h15 (horário local), perto da Bourbon Street, no coração do bairro French Quarter, que estava lotado de pessoas celebrando a chegada de 2025.
O suspeito dirigiu uma caminhonete elétrica Ford F-150 branca contra um grupo de pedestres. Em seguida, ele saiu do veículo e foi morto em um tiroteio com a polícia, no qual dois policiais ficaram feridos. O FBI informou que duas bombas caseiras foram encontradas e desativadas.
“Esse homem tentou atropelar o maior número de pessoas possível”, disse Kirkpatrick à imprensa.
Dirigindo em “altíssima velocidade” e de forma “muito intencional”, ele estava determinado a causar “a carnificina e os danos que causou”, explicou a superintendente.
O Pentágono informou que Jabbar serviu no exército como especialista em recursos humanos e TI de 2007 a 2015, e posteriormente na reserva até 2020. Ele foi enviado ao Afeganistão de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010.
Biden afirmou que, até o momento, “não há nada” ligando o ataque em Nova Orleans à explosão em Las Vegas, descrita pela polícia como um “incidente isolado”.
Os veículos usados nos dois ataques foram alugados pelo aplicativo de compartilhamento de carros Turo. O xerife de Las Vegas disse que isso foi uma “coincidência… que precisa continuar sendo investigada.”
Uma porta-voz do aplicativo, amplamente usado nos EUA, declarou que estavam colaborando com as autoridades e afirmou que “não acreditamos que nenhum dos locatários tivesse um histórico criminal que os identificasse como uma ameaça à segurança.”
Nas primeiras horas do primeiro dia do ano, multidões celebravam no French Quarter, famoso por seus bares, restaurantes, história do jazz e festas de Mardi Gras.
O espectador Zion Parsons descreveu a cena de horror: “Havia corpos, sangue e todo o lixo”, disse à CNN. “As pessoas estavam apavoradas, correndo e gritando.”
Outro testemunho, de Jimmy Cothran, relatou à ABC que havia “10 corpos — seis claramente mortos” e outros “gritando sem ninguém por perto.”
Nova Orleans, um dos destinos mais visitados dos Estados Unidos, receberá o Super Bowl no próximo mês. O ataque ocorreu poucas horas antes do Sugar Bowl, um importante jogo de futebol universitário, que foi adiado para quinta-feira.
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