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Federal Reserve responde discretamente a ataques do governo Trump

Publicado 13/07/2025 • 07:59 | Atualizado há 8 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Enquanto o governo Trump intensifica as críticas ao Federal Reserve e ao presidente da instituição, Jerome Powell, o banco central tem reagido de forma discreta com a criação de uma nova página de "Perguntas Frequentes" (FAQ) em seu site.
  • A página, atualizada pela última vez na sexta-feira, responde diretamente a algumas das críticas feitas pela administração Trump ao projeto de renovação da sede do Fed.
  • Powell, por sua vez, tem resistido às críticas e às reiteradas tentativas de pressão por parte de Trump para cortar os juros, principal ponto de atrito entre os dois.
Jerome Powell, presidente do banco central dos EUA

Federal Reserve

Jerome Powell, presidente do Fed

Enquanto o governo Trump intensifica as críticas ao Federal Reserve e ao presidente da instituição, Jerome Powell, o banco central tem reagido de forma discreta com a criação de uma nova página de “Perguntas Frequentes” (FAQ) em seu site, defendendo o projeto de reforma de US$ 2,5 bilhões em sua sede.

A página, atualizada pela última vez na sexta-feira, responde diretamente a algumas das críticas feitas pela administração Trump ao projeto de renovação da sede do Fed, alvo de ataques nesta semana por parte de Russell Vought, diretor do Escritório de Administração e Orçamento (OMB, na sigla em inglês).

Na quinta-feira, Vought afirmou que Powell “tem administrado o Fed de forma grosseiramente inadequada” e criticou o que chamou de “reforma ostensiva” das instalações do banco central, que busca modernizar o campus do Federal Reserve, incluindo a renovação de três edifícios com vista para o National Mall.

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“Envolve uma renovação completa e modernização que preserva dois edifícios históricos que não passam por uma reforma abrangente desde sua construção na década de 1930”, diz o site do Fed.

As críticas de Vought, feitas por meio de uma carta publicada na rede social X, representaram uma escalada na campanha do governo Trump contra Powell. O presidente Trump tem acusado repetidamente o chefe do banco central de fazer política ao não reduzir os juros, e já pediu sua renúncia.

A carta — e a promessa feita por Vought na sexta-feira de abrir uma investigação sobre a reforma — sugerem que o governo Trump pode estar se movendo para remover Powell antes do fim de seu mandato, previsto para o ano que vem.

Powell, por sua vez, tem resistido às críticas e às reiteradas tentativas de pressão por parte de Trump para cortar os juros, principal ponto de atrito entre os dois.

A página do site do Fed defendendo o projeto é o mais recente sinal de que o banco central está se preparando para enfrentar os novos ataques do governo Trump.

“Novas salas de jantar VIP não estão sendo construídas como parte do projeto”, diz a seção de Perguntas Frequentes.

Sobre o prédio Eccles, o texto informa: “O Eccles possui salas de conferência, que estão sendo reformadas e preservadas. Elas também são usadas para reuniões durante refeições”.

Essa explicação parece ser uma resposta direta à carta de Vought, que alegou que os planos de reforma previam “jardins com terraços na cobertura, salas de jantar VIP privadas e elevadores, fontes d’água, mármore premium e muito mais”.

A página ainda detalha “as principais razões para o aumento de custos ao longo do projeto” — ponto recorrente nas críticas dos aliados de Trump. O custo da obra está estimado em cerca de US$ 700 milhões acima do orçamento inicial.

“Diversos fatores impulsionaram o aumento dos custos”, afirma o site do Fed, citando “mudanças nos projetos originais após consultas com agências de revisão” e “condições imprevistas”, como a presença de “mais amianto do que o previsto”.

Os contribuintes não arcam com os custos da reforma. O Federal Reserve é autofinanciado por meio dos juros que recebe sobre os títulos que possui e pelas taxas cobradas dos bancos.

Na sexta-feira, Vought reiterou seu compromisso com a investigação das reformas, afirmando à CNBC: “Queremos ter certeza dos fatos sobre o luxo e a extensão do estouro orçamentário”.

Essas declarações reforçam sua postagem do dia anterior na rede X, em que escreveu: “Apesar de continuar operando com déficit desde o ano fiscal de 2023 (algo inédito na história do Fed), o banco central está muito acima do orçamento na reforma de sua sede”.

A página indica ter sido atualizada pela última vez em 11 de julho, embora não esteja claro quando exatamente foi adicionada ao site.

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