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Publicado 06/01/2025 • 11:23
KEY POINTS
Giorgia Meloni e Donald Trump em encontro nos EUA.
Divulgação X/Giorgia Meloni.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, fez uma visita surpresa a Mar-a-Lago neste domingo (5), onde se encontrou com Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos.
É o segundo encontro entre os dois desde a vitória do republicano em novembro. Os dois já haviam se encontrado no mês passado, durante a reabertura da Catedral de Notre Dame, em Paris.
Durante o encontro na Flórida, Trump elogiou Meloni, chamando-a de uma “mulher fantástica” e acrescentando: “Ela realmente conquistou a Europa”, em conversa com jornalistas.
Já Meloni publicou em sua conta na rede X (antigo Twitter) que teve uma “boa noite” com Trump e afirmou estar “pronta para trabalhar em conjunto”. Confira:
Essa admiração mútua coloca Meloni em posição estratégica para se tornar a principal aliada de Trump na Europa, especialmente em um momento complicado para outros líderes do continente, como Olaf Scholz, da Alemanha, e Emmanuel Macron, da França, que enfrentam desafios políticos internos e têm histórico de atritos com Trump.
Meloni tem fortes motivos para buscar uma aproximação com a administração de Trump, especialmente em relação à ameaça do republicano de impor tarifas sobre importações europeias.
Durante sua campanha de reeleição, Trump anunciou a possibilidade de um imposto de 10% sobre todos os bens importados para os Estados Unidos, maior parceiro comercial da União Europeia em termos de exportação.
Para a Itália, o impacto econômico poderia ser significativo. Um estudo da empresa europeia de análise de risco Prometeia estimou que uma tarifa de 10% poderia custar até US$ 7 bilhões (cerca de R$ 35 bilhões) à economia italiana, já que os EUA são o segundo maior mercado de exportação do país, atrás apenas da Alemanha. Analistas do Caixabank apontam que a exposição da Itália ao mercado americano representa cerca de 4% do seu PIB, logo atrás da Alemanha, com 5%.
Além de estreitar laços com Trump, Meloni também tem cultivado sua relação com Elon Musk, CEO da Tesla e figura-chave na nova administração americana. Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Meloni descreveu Musk como uma “grande figura do nosso tempo”, elogiando-o como um “gênio” injustamente retratado como um “monstro”.
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