No sábado (7), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu às Nações Unidas que formem um grupo de países com a missão de buscar uma solução para o conflito entre Rússia e Ucrânia.
A iniciativa, anunciada por Lula em uma coletiva de imprensa durante visita à França, vem após o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmar nesta semana que o Brasil tem “um papel muito importante a desempenhar” na resolução do conflito.
Negociações de paz em Istambul
Uma segunda rodada de negociações diretas de paz entre Rússia e Ucrânia começou nesta semana em Istambul, após a primeira rodada não ter conseguido garantir uma pausa em mais de três anos de combates.
“A ONU pode voltar a ser protagonista nesse assunto”, disse Lula, chamando o secretário-geral da ONU, António Guterres, de “um homem bom”.
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Proposta de Lula para a ONU
O chefe da ONU deveria “propor um grupo de amigos” tanto ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky quanto ao líder russo Vladimir Putin, que então “conversariam com ambos, ouvindo suas respectivas verdades e, em seguida, construindo uma alternativa”, afirmou Lula.
“O que estou propondo é a criação de uma comissão composta por países que não estão envolvidos na guerra para conversar com Zelensky e Putin”, explicou.
Nenhum dos lados “vai conseguir o que deseja, mas podem alcançar o que é possível”, disse ele. “Nem 100% da posição de Zelensky, nem 100% da posição de Putin.”
Lula mantém neutralidade e relações amigáveis com Moscou
Ao contrário da maioria dos países europeus, Lula mantém relações amigáveis com Moscou e tem adotado uma posição de neutralidade em relação ao conflito na Ucrânia.
Lula, que em julho irá sediar a próxima cúpula do grupo de nações BRICS no Rio de Janeiro, disse que Putin foi convidado para o encontro, apesar de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional por suposta deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia.
Acusações de adiamento de troca de prisioneiros
No sábado, a Rússia acusou a Ucrânia de adiar uma troca em larga escala de soldados capturados, uma acusação negada por Kiev.
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