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Mercado de artigos de luxo usados cresce 10% ao ano e pode atingir US$ 360 bilhões até 2030

Publicado 18/10/2025 • 11:24 | Atualizado há 6 horas

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KEY POINTS

  • Autenticação se torna fator decisivo para confiança em meio ao aumento das falsificações sofisticadas.
  • Plataformas como Carousell e Bunjang investem em sistemas de verificação com IA e inspeção física detalhada.
  • Jovens da Geração Z e Millennials impulsionam o consumo circular de luxo, priorizando acesso e revenda rápida.

Unsplash.

Setor de segunda mão de luxo deve alcançar US$ 360 bilhões até 2030.

A valorização dos artigos de luxo usados impulsiona uma transformação no mercado, com a autenticação se consolidando como o principal fator de confiança para compradores e vendedores. De acordo com um relatório publicado em 9 de outubro pelo Boston Consulting Group em parceria com a Vestiaire Collective, esse segmento cresce atualmente 10% ao ano, ritmo três vezes maior do que o dos itens novos, e pode atingir US$ 360 bilhões (R$ 1,94 trilhão) até 2030, frente aos US$ 210 bilhões (R$ 1,13 trilhão) de hoje.

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A necessidade de verificação rigorosa se intensifica à medida que as falsificações sofisticadas se multiplicam. Jaewha Choi, presidente da plataforma sul-coreana Bunjang, aponta que “à medida que a fabricação de falsificações se torna mais avançada, até mesmo marcas de luxo por vezes não conseguem identificar itens falsos e, em alguns casos, acabam reparando produtos que não são autênticos”. Relatos de consumidores que pagam milhares de dólares por bolsas Hermès ou relógios Rolex falsificados são cada vez mais comuns, com algumas cópias, chamadas de “superfakes“, produzidas com materiais idênticos aos originais.

Plataformas investem em autenticação sofisticada

A preocupação com a autenticidade levou plataformas como a Carousell, de Singapura, a investir em lojas físicas onde especialistas analisam cada detalhe dos artigos antes de aprová-los para revenda. Tresor Tan, diretora de vendas do segmento de luxo da Carousell, explicou que a equipe de verificação avalia tanto o material quanto o acabamento, além de garantir a autenticidade por meio de múltiplas checagens para itens de maior valor. “No final das contas, é a nossa reputação que está em jogo”, justificou Tan.

Na Coreia do Sul, a Bunjang desenvolveu um sistema próprio que une inspeção visual, equipamentos científicos e inteligência artificial treinada com centenas de milhares de dados, segundo Choi. A empresa afirma alcançar 99,9% de acerto na identificação de itens genuínos, com o sistema evoluindo constantemente para acompanhar novas estratégias de falsificação.

Essas estratégias de verificação têm gerado resultados positivos nos negócios. Mais de 25% dos R$ 5,94 bilhões (US$ 1,1 bilhão) em vendas anuais da Bunjang já correspondem a produtos de luxo, com crescimento de 30% nas transações desse segmento no primeiro semestre de 2025, de acordo com Choi.

Já a Carousell, sem divulgar números exatos, relata aumento expressivo de interesse e expansão desde a criação da loja física, que oferece garantia aos clientes e busca praticar preços justos, mesmo que acima de outras opções. “Podemos ser, por exemplo, US$ 200 mais caros que outro vendedor, mas o consumidor pondera se vale a pena economizar esse valor em troca de menos segurança”, explicou Tan.

Divulgação.
Mercado de luxo usado cresce e desafia falsificações com autenticação avançada.

Novos hábitos de consumo impulsionam o setor

Segundo o estudo do BCG, 80% dos entrevistados afirmam que o preço acessível é o principal motivo para adquirir artigos de luxo de segunda mão. No entanto, a busca por coleções raras ou descontinuadas também motiva muitos compradores, conforme relatou Samantha Virk, diretora de marketing e CEO da Vestiaire Collective nos EUA.

“Essas motivações vêm ganhando força em relação a pesquisas anteriores, demonstrando que a compra de usados está se consolidando como parte importante da relação das pessoas com a moda”, destacou Virk. Choi acrescenta que, sobretudo entre jovens da Geração Z e Millennials, a preferência é adquirir, aproveitar e revender rapidamente os itens, refletindo uma mudança profunda no consumo de luxo dessas novas gerações.

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