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México aprova tarifa contra importações; Brasil está na lista dos países afetados

Publicado 11/12/2025 • 15:08 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Senado mexicano aprova tarifas de 20-50% sobre 1.463 produtos de países sem TLC, incluindo Brasil, China e Índia, vigentes em jan/2026.
  • Contexto de pressão EUA: Trump acusa México de rota chinesa; oposição critica cedência, Sheinbaum nega e cita Plano México
Claudia Sheinbaum nomeia Edgar Amador

Alfredo Estrella/AFP

Claudia Sheinbaum, presidente do México.

O Senado do México aprovou, na noite de quarta-feira (10), uma proposta que aumenta tarifas de importação contra uma série de países que não têm acordo de livre-comércio com o país, entre eles o Brasil. A medida, interpretada por analistas como alinhada ao endurecimento tarifário dos Estados Unidos, passou por 76 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções.

A nova tarifa será aplicada a 1.463 categorias de produtos de setores como automotivo, têxtil, vestuário, eletrodomésticos, plásticos e calçados. As alíquotas ficaram majoritariamente concentradas entre 20% e 35%, embora alguns itens ainda enfrentem a taxa máxima prevista de 50%.

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Além do Brasil, a lista inclui China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia, Turquia e Taiwan, entre outros países sem acordo preferencial com o México.

A Câmara dos Deputados já havia aprovado a proposta na terça-feira (9). Falta agora apenas a sanção da presidente Claudia Sheinbaum, que deve oficializar a mudança para que as novas tarifas passem a valer em 1º de janeiro de 2026.

Pressão dos EUA

A iniciativa surge em meio ao aumento das restrições comerciais impostas por Washington. O presidente Donald Trump acusa o México de servir como rota de entrada de produtos chineses nos EUA e elevou o tom nas discussões envolvendo o acordo T-MEC, que une México, Canadá e Estados Unidos.

Setores da oposição mexicana afirmam que o país está cedendo às demandas dos EUA. Sheinbaum, porém, nega influência americana direta e diz que a reforma faz parte do chamado Plano México, voltado a fortalecer a indústria nacional e reduzir a dependência de insumos importados.

Brasil na mira

A medida também tem implicações diretas para o Brasil, que exporta ao México desde automóveis e autopeças a materiais plásticos, produtos químicos, têxteis e calçados, vários dos setores incluídos na nova taxação.

O México está entre os principais parceiros comerciais brasileiros na América Latina, atrás apenas da Argentina, e o fluxo bilateral superou a casa dos US$ 12 bilhões em 2024, segundo estimativas de comércio exterior.

Para empresas brasileiras, a mudança tende a:

  • encarecer o acesso ao mercado mexicano, hoje um dos principais destinos industriais do Brasil;
  • pressionar margens de setores já afetados por volatilidade cambial e competição asiática;
  • dificultar cadeias produtivas integradas, especialmente no setor automotivo.

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A China criticou a medida e classificou as tarifas como protecionistas, pressionando o México a rever a decisão. Governos de Pequim e Cidade do México iniciaram conversas por meio de um grupo de trabalho, mas poucos detalhes foram divulgados até agora.

Internamente, a proposta enfrenta resistência de parte do setor produtivo mexicano, que afirma que a mudança pode pressionar preços e exigirá tempo para que o país desenvolva uma cadeia de suprimentos doméstica capaz de substituir as importações atingidas.

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