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Ministro suíço vê “oportunidade” após negociações sobre tarifas com os EUA

Publicado 06/09/2025 • 15:39 | Atualizado há 4 horas

AFP

KEY POINTS

  • O vice-presidente e ministro da Economia, Guy Parmelin, declarou ter participado de “reuniões construtivas” com autoridades dos Estados Unidos e afirmou enxergar “uma oportunidade real” para os dois países.
  • Trump elevou para 39% a tarifa de importação sobre produtos suíços a partir de 1º de agosto — taxa muito acima da tarifa básica de 10% aplicada em abril. Isso ameaça setores estratégicos suíços como relojoaria, máquinas industriais, chocolate e queijo.
  • Enquanto Japão, Reino Unido e União Europeia já negociaram tarifas mais baixas, a Suíça teme perder competitividade. O governo revisou a previsão de crescimento econômico para 0,8% em 2026 (antes era 1,2%) devido às tarifas.
Fachada da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, na Suíça.

Fachada da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, na Suíça.

Agência Gov

O vice-presidente e ministro da Economia da Suíça, Guy Parmelin, disse neste sábado (6) que teve “reuniões construtivas” com autoridades dos Estados Unidos, enquanto o país tenta driblar as pesadas tarifas de importação impostas pelo presidente americano Donald Trump.

Após voltar das conversas em Washington, o ministro da Economia, Guy Parmelin, afirmou enxergar “uma oportunidade real pela frente” para ambos os países — mas não deu mais detalhes.

Contexto das tarifas e primeiras reações suíças

Trump pegou a Suíça de surpresa ao anunciar que a entrada de produtos suíços nos Estados Unidos seria taxada em 39% a partir de 1º de agosto, uma das taxas mais altas entre as novas tarifas impostas a dezenas de países.

A presidente suíça Karin Keller-Sutter e Parmelin correram para Washington no início de agosto para negociar uma saída para o impasse das tarifas.

No entanto, uma breve reunião com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio — que não responde pela política tarifária — não mudou o cenário.

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Negociações e encontros recentes em washington

“Tive reuniões construtivas em Washington com o Secretário de Comércio Howard Lutnick, o Secretário do Tesouro Scott Bessent e o Representante de Comércio Jamieson Greer”, escreveu Parmelin no X (antigo Twitter), após a mais recente visita.

“A Suíça vê uma oportunidade real pela frente para os dois países e está comprometida em aprofundar nossa parceria econômica.”

A agência de notícias suíça Keystone-ATS informou que o ministério da Economia não está divulgando detalhes sobre o conteúdo das conversas “por razões táticas relacionadas às negociações”.

O ministro das Relações Exteriores, Ignazio Cassis, disse à agência na sexta-feira (5) que a Suíça apresentou uma “proposta otimizada”, defendida por Parmelin.

Parmelin e Keller-Sutter já haviam se reunido com Bessent e Greer em maio, durante conversas em Genebra para tentar chegar a um acordo sobre as tarifas.

Setores de chocolate e queijo preocupam suíços

A tarifa de 39% representa um salto em relação à taxa “básica” de 10% que Trump havia implementado em abril sobre importações dos Estados Unidos vindas de todo o mundo.

A nova tarifa, mais alta, coloca em risco setores inteiros da economia suíça, que é fortemente voltada para exportação — especialmente o setor relojoeiro e de máquinas industriais, mas também o de chocolate e queijo.

Empresários suíços temem que concorrentes de outros países ricos acabem levando vantagem, já que a União Europeia e o Japão negociaram uma tarifa de 15% e o Reino Unido conseguiu reduzir a taxa para 10%.

Berna argumenta que os Estados Unidos têm um superávit expressivo na balança de serviços com a Suíça e que a maioria dos produtos industriais americanos entra no país sem tarifas.

Na semana passada, a Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos afirmou que a economia suíça deve crescer 0,8% no próximo ano, em vez dos 1,2% previstos anteriormente, “como resultado das tarifas de importação mais altas impostas pelos EUA”.

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