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Modi anuncia corte de impostos e anima economia indiana em meio à tensão com tarifas de Trump
Publicado 18/08/2025 • 12:13 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 18/08/2025 • 12:13 | Atualizado há 1 hora
KEY POINTS
Premiê Modi fala da década de crescimento da Índia no mais longo discurso do Dia da Independência. Foto: DD News India
As bolsas indianas fecharam em alta na segunda-feira (18) depois que o primeiro-ministro Narendra Modi revelou cortes de impostos, trazendo um alívio para a economia local, que ainda sente o peso das tarifas norte-americanas.
O índice Nifty 50 subiu 1%, enquanto o BSE Sensex avançou 0,84%. No câmbio, o dólar americano caiu 0,18% em relação à rúpia.
Durante um longo discurso no Dia da Independência, na sexta-feira (15), Modi reforçou a ideia de autossuficiência e apresentou uma série de reformas financeiras. Nova Délhi agora planeja uma estrutura de duas alíquotas de 5% e 18% no novo regime de Imposto sobre Bens e Serviços (GST), além de eliminar as antigas taxas de 12% e 28% para alguns itens, segundo informou um funcionário do governo à Reuters na sexta-feira (15). A informação também foi divulgada pela imprensa local.
“As reformas buscam simplificar a burocracia, reduzir impostos e modernizar o GST para torná-lo mais voltado ao crescimento. Executivos do setor acreditam que medidas como a redução para duas faixas de imposto, o alívio para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), a diminuição de taxas sobre itens essenciais e o uso de tecnologia para agilizar declarações e reembolsos podem atrair investimentos”, afirmou a India Brand Equity Foundation. Segundo a entidade, áreas como indústria, logística, habitação e bens de consumo devem se beneficiar.
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O setor automotivo pode ser outro grande favorecido com as novas políticas fiscais, após meses de desempenho fraco. As vendas de veículos de passeio, incluindo carros, cresceram 4,2% em 2024, segundo a Associação Indiana de Fabricantes de Veículos, o ritmo mais lento em quatro anos, de acordo com a Reuters.
As ações das montadoras subiram na segunda-feira (18): Maruti Suzuki Índia valorizou 8,75%, enquanto Hyundai Motor Índia teve alta de 8,15%.
“Vejo com otimismo esse anúncio, ainda mais porque o setor automotivo vinha ficando para trás nos últimos trimestres. Não surpreende que agora esteja reagindo tão bem”, comentou James Thom, diretor sênior de investimentos em ações asiáticas na Aberdeen, ao programa “Inside India”, da CNBC, na segunda-feira (18).
A reforma tributária de Modi pode fortalecer a economia indiana, que o Banco Central da Índia prevê crescer 6,5% no ano fiscal de 2025-2026, justamente em um cenário de instabilidade global acentuado pelas “tarifas recíprocas” impostas pelos Estados Unidos. Nova Délhi, em especial, virou alvo do governo do presidente Donald Trump por continuar comprando petróleo russo, e Washington impôs uma tarifa extra de 25% sobre importações indianas — elevando o total para 50% — medida que entra em vigor no fim deste mês.
“A Índia é uma economia movida pelo consumo interno. Exportações têm um peso bem menor. Então, essa reforma tributária pode mais do que compensar o impacto dessas tarifas”, avaliou Thom, da Aberdeen.
“Na prática, acredito que as mudanças no GST vão apoiar o consumo já nos próximos meses. E o consumo anda fraco na Índia há bastante tempo, então isso pode dar um verdadeiro gás na economia, principalmente porque o país depende muito da demanda interna”, explicou ele.
O consumo interno é “um dos indicadores mais relevantes monitorados pelos investidores” e “o maior motor do crescimento econômico indiano”, com participação de 61,4% no PIB no ano fiscal de 2024-25, destacou a Deloitte em relatório de agosto.
“Vale notar que o consumo nas cidades e a procura por produtos de luxo estão se consolidando como pilares desse crescimento”, acrescentou o relatório.
Já a consultoria Índia Ratings & Research prevê que o consumo privado deve crescer 6,9% ao ano até março de 2026, superando a expectativa de alta de 6,3% do PIB no mesmo período. O avanço será puxado por aumentos modestos nos salários reais, queda na poupança das famílias e expansão do crédito pessoal.
“A forte desaceleração da inflação melhorou as perspectivas para um crescimento estável do consumo em 2026”, concluiu a consultoria. A inflação ao consumidor caiu de 4,31% em janeiro para o menor patamar desde 2017, atingindo 1,55% em julho.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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