Nova chefe da economia da Alemanha tem um plano — e ele começa com risco, velocidade e grandes apostas
Publicado 09/05/2025 • 11:27 | Atualizado há 8 horas
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Publicado 09/05/2025 • 11:27 | Atualizado há 8 horas
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Katherina Reiche
Olaf Kosinsky via Wikimedia
A Alemanha precisa assumir mais riscos e impulsionar sua economia estagnada com uma década de investimentos em infraestrutura, afirmou nesta sexta-feira (9) a ministra da Economia e Energia, Katherina Reiche.
“Na próxima década, teremos uma década de investimentos em infraestrutura, em pontes, infraestrutura energética, armazenamento, infraestrutura marítima… telecomunicações. E, para isso, precisamos de velocidade. Precisamos de rapidez e investimentos, e precisamos de capital privado”, disse Reiche à jornalista Annette Weisbach, da CNBC, à margem da cúpula de Tegernsee.
Segundo ela, apenas 10% desses investimentos poderiam ser cobertos com recursos públicos; os 90% restantes dependem do setor privado.
A nova ministra da Economia também abordou as regulamentações provenientes de Bruxelas, alertando que, se forem muito restritivas, podem dificultar os investimentos das empresas e o crescimento de startups. A Alemanha precisou aprender que investir envolve riscos — “e precisamos estar mais abertos a assumi-los”, afirmou.
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Promover mudanças regulatórias, inclusive, será uma das tarefas mais importantes do novo governo alemão, disse Veronika Grimm, integrante do Conselho Alemão de Especialistas Econômicos, também à margem do evento.
“Será importante ajustar a regulação, eliminar ou modificar normas que sufocam a inovação, para que mais coisas sejam novamente possíveis em diversas áreas da tecnologia”, afirmou ela, em declaração traduzida pela CNBC.
“E, claro, também é fundamental melhorar o ambiente de negócios, torná-lo mais atrativo, para que possamos voltar a ser competitivos”, acrescentou Grimm.
A economia da Alemanha encolheu ligeiramente na comparação anual tanto em 2023 quanto em 2024, e o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral tem alternado entre crescimento e retração há mais de dois anos, conseguindo evitar por pouco uma recessão técnica. Dados preliminares para o primeiro trimestre de 2025 indicaram uma expansão de 0,2%.
As previsões não indicam alívio significativo nesse cenário de estagnação. No mês passado, o governo alemão anterior declarou que ainda espera crescimento zero para este ano.
“Este país precisa de uma reviravolta econômica. Após dois anos de recessão, o governo anterior teve de anunciar novamente um ano de crescimento zero para 2025, e realmente precisamos agir. No topo da agenda está um estímulo ao investimento”, afirmou Reiche.
Reduzir os preços da energia, garantir o fornecimento energético e diminuir a burocracia estão entre os principais pontos da pauta, acrescentou ela.
Isso tudo ocorre apesar de uma grande guinada fiscal anunciada no início deste ano, que incluiu mudanças nas tradicionais regras de endividamento do país para permitir gastos adicionais com defesa e um pacote de infraestrutura de 500 bilhões de euros (US$ 562,4 bilhões).
Vários dos principais setores industriais da Alemanha estão sob pressão. A indústria automotiva, por exemplo, enfrenta forte concorrência da China e agora está sujeita a tarifas, enquanto os problemas na construção civil e em infraestrutura são atribuídos a custos mais altos e entraves burocráticos.
O comércio também é um pilar fundamental da economia alemã e, por isso, a incerteza gerada pelas políticas tarifárias variáveis do ex-presidente dos EUA Donald Trump pesa fortemente sobre as perspectivas do país.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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