‘O mercado está em total alerta’, diz CEO da Referência Capital sobre PIB dos EUA
Publicado 30/04/2025 • 11:26 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 30/04/2025 • 11:26 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos será divulgado nesta quarta-feira (30), e um dos principais pontos de atenção será o déficit comercial de bens, que atingiu um recorde em março. O aumento ocorreu à medida que empresas americanas intensificaram as importações de mercadorias para se antecipar às tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump.
Em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, Pedro Ros, CEO da Referência Capital, analisou o cenário econômico norte-americano e os desdobramentos que podem afetar os mercados globais nesta semana decisiva.
Segundo ele, a expectativa do mercado é de uma desaceleração expressiva no crescimento econômico dos EUA no primeiro trimestre.
“Estamos esperando um crescimento do PIB americano entre 0,3% e 0,4%, representando uma desaceleração muito acentuada em relação aos 2,4% registrados no último trimestre de 2024. Isso tem gerado apreensão e incerteza no mercado.”
Ros destacou que o “tarifaço” implementado por Donald Trump contribui para esse clima de alerta nos mercados globais, especialmente ao afetar o consumo interno.
“O consumo das famílias representa cerca de 70% do PIB dos Estados Unidos. Com o aumento das tarifas sobre produtos importados, os preços subiram e já é possível observar uma redução no consumo. Isso deve impactar negativamente o desempenho da economia americana neste primeiro trimestre.”
Sobre a estratégia econômica de Trump, Ros comentou que há um esforço claro para deslocar o foco do consumo para o investimento industrial. No entanto, ele acredita que, no curto prazo, esse movimento tende a gerar efeitos adversos:
“Analisando as ações de Trump, acreditamos que esse movimento trará um impacto negativo no curto prazo, especialmente no consumo de produtos importados. As tarifas comerciais devem desacelerar o crescimento do PIB. Mas, na visão do governo, os efeitos positivos viriam apenas mais adiante, à medida que a economia se ajuste.”
Além dos Estados Unidos, o CEO também chamou a atenção para os movimentos do mercado asiático, em especial a política monetária do Japão.
“O cenário global está muito incerto. A expectativa é de que o Japão tente atrair investimentos internos diante dessa instabilidade. O mercado está atento tanto à decisão de juros lá quanto ao resultado do PIB americano. A volatilidade nos próximos dias será grande, dependendo de como esses dados forem interpretados.”
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