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Publicado 04/07/2025 • 10:08 | Atualizado há 5 horas
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KEY POINTS
O presidente dos EUA, Donald Trump, na Pensilvânia, em 30 de maio de 2025
Saul Loeb | AFP | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)
Todos estão de olho nas negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia, que ainda não chegaram a um acordo comercial, faltando poucos dias para que as tarifas de Washington entrem em vigor.
Se os parceiros comerciais não chegarem a um acordo até 9 de julho — quando termina a trégua de 90 dias sobre as chamadas tarifas recíprocas do presidente dos EUA, Donald Trump — produtos da UE importados para os EUA podem sofrer taxas de até 50%.
Medidas retaliatórias da UE, direcionadas a uma ampla gama de produtos dos EUA, que também foram temporariamente suspensas, podem ser implementadas logo em seguida.
A relação comercial entre os EUA e a UE é uma das mais importantes do mundo, representando cerca de 30% do comércio global de bens, de acordo com o Conselho Europeu. Produtos medicinais e farmacêuticos, veículos rodoviários e produtos petrolíferos estão entre os mais comercializados.
Em 2024, o comércio entre os dois parceiros transatlânticos foi avaliado em cerca de 1,68 trilhões de euros (aproximadamente R$ 10,72 trilhões, na cotação atual), considerando tanto bens quanto serviços, segundo o Conselho Europeu.
A UE registrou um superávit de 198 bilhões de euros (R$ 1.263,24 trilhão) em bens, mas teve um déficit de cerca de 148 bilhões de euros (R$ 944,24 bilhões) no comércio de serviços — significando que o bloco teve um superávit comercial geral de cerca de 50 bilhões de euros (R$ 319 bilhões) em 2024.
Trump tem criticado repetidas vezes a relação comercial entre Washington e Bruxelas, sugerindo que é injusta e acusando a UE de se aproveitar dos EUA.
As negociações entre EUA e UE têm se mostrado difíceis e lentas para avançar. Fontes disseram à CNBC no início desta semana que um acordo político básico, com poucos detalhes, pode ser a melhor esperança da UE.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pareceu concordar com essa visão nesta quinta-feira (3).
“O que estamos buscando é um acordo de princípio”, disse ela, acrescentando que um acordo detalhado era “impossível” de ser alcançado durante a trégua de 90 dias.
Von der Leyen também reiterou que, se nenhum acordo for alcançado, “todos os instrumentos estão na mesa”.
O Comissário de Comércio Europeu, Maros Sefcovic, disse em uma postagem nas redes sociais na sexta-feira que teve uma semana “produtiva” em Washington D.C., onde se encontrou com vários oficiais dos EUA.
“O trabalho continua. Nosso objetivo permanece inalterado: um bom e ambicioso acordo comercial transatlântico”, afirmou.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, pareceu mais hesitante sobre as chances de um acordo comercial ser fechado antes do prazo.
“Veremos o que podemos fazer com a União Europeia”, disse ele ao programa “Squawk on the Street” da CNBC na quinta-feira.
Especialistas falando à CNBC mostraram-se céticos quanto à probabilidade de um acordo completo no curto prazo.
Anthony Gardner, ex-embaixador dos EUA na UE, disse ao programa “Squawk Box Europe” da CNBC na sexta-feira que não ficou “surpreso” pelo fato de von der Leyen ter excluído a possibilidade de um acordo abrangente.
“O acordo detalhado é exatamente isso: detalhado. Pode ter muitas páginas, porque acordos comerciais completos têm milhares de páginas, mas o que poderíamos ver são cabeçalhos de termos como o que os EUA assinaram com o Reino Unido”, disse ele.
“Então isso é possível, mas não acho que o conteúdo real será semelhante”, acrescentou Gardner.
Carsten Nickel, diretor-gerente da Teneo, foi além, afirmando que um acordo amplo seria o “melhor resultado” que a UE poderia alcançar.
O acordo inicial deve ter como objetivo ganhar tempo para novas negociações e incluir a aceitação pela UE de uma tarifa básica de 10% dos EUA, disse ele à CNBC por telefone, explicando que isso poderia permitir novas conversas sobre itens como isenções setoriais.
A incerteza, no entanto, permanecerá, mesmo que o acordo seja negociado, sugeriu Nickel.
“Estaremos em um mundo onde qualquer acordo firmado até então continuará sendo objeto de intensa negociação e continuará correndo o risco de os EUA mudarem de ideia, perderem a paciência, olharem para outras direções e assim por diante”, disse Nickel.
Ele não vê o bloco impondo medidas retaliatórias, a menos que Trump aplique tarifas totais na próxima semana.
“E mesmo assim, acho que a UE agirá com cautela”, concluiu Nickel.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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