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ONU declara fome em Gaza e alerta para crise humanitária
Publicado 22/08/2025 • 12:07 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 22/08/2025 • 12:07 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Foto: ABDEL KAREEM HANA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Palestinos disputam espaço para conseguir um pouco de comida doada em uma cozinha comunitária na Cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, neste sábado, 26.
A ONU declarou oficialmente situação de fome em Gaza nesta sexta-feira (22), atribuindo a crise à “obstrução sistemática da ajuda” por parte de Israel. O anúncio ocorre horas após o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ameaçar destruir a maior cidade do território.
Israel rejeitou o relatório apoiado pelas Nações Unidas, afirmando que ele é “baseado em mentiras do Hamas lavadas por organizações com interesses próprios”. O órgão do ministério da Defesa que supervisiona assuntos civis nos territórios palestinos, o COGAT, também contestou o documento, alegando que edições anteriores “se mostraram imprecisas”.
O Hamas, por sua vez, pediu à ONU e ao Conselho de Segurança da ONU que “cessem a guerra e levantem o cerco”, exigindo acesso irrestrito a alimentos, medicamentos, água e combustível.
Segundo a Iniciativa de Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), com sede em Roma, a fome já afeta 500 mil pessoas no governo de Gaza, que corresponde a cerca de um quinto do território palestino, incluindo Gaza City. A IPC projeta que a situação se expandirá para os governos de Deir el-Balah e Khan Yunis até o final de setembro, atingindo cerca de dois terços de Gaza.
A ONU alerta que quase um milhão de pessoas vivem atualmente no governo de Gaza, a maioria deslocada pelo menos uma vez. Agências da ONU e organizações de ajuda humanitária vêm alertando há meses sobre uma fome iminente, enquanto Israel restringe severamente a entrada de suprimentos e, em alguns momentos, chega a cortá-los completamente durante a guerra de quase dois anos contra o Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo imediato, afirmando: “Não podemos permitir que esta situação continue impunemente”.
De acordo com o relatório da IPC, após 22 meses de conflito implacável, mais de meio milhão de pessoas na Faixa de Gaza enfrentam condições catastróficas caracterizadas por fome, miséria e morte.
Até o final de setembro, o número de pessoas em situação crítica deve chegar a 614 mil. A organização apontou que a deterioração entre julho e agosto foi a mais grave desde que começou a analisar a fome em Gaza, impulsionada pela escalada da guerra e restrições aos suprimentos.
No início de março, Israel proibiu completamente a entrada de ajuda em Gaza por dois meses, causando escassez grave de alimentos, medicamentos e combustível.
Antes da divulgação do relatório, o embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, atacou preventivamente as conclusões. “Sabem quem ESTÁ passando fome? Os reféns sequestrados e torturados pelos bárbaros do Hamas”, publicou no X.
Nesta sexta-feira, Katz alertou que “as portas do inferno se abrirão sobre as cabeças dos assassinos e estupradores do Hamas em Gaza – até que aceitem as condições de Israel para encerrar a guerra, principalmente a libertação de todos os reféns e seu desarmamento”.
Ele acrescentou que, caso não aceitem, Gaza City poderá sofrer o mesmo que Rafah e Beit Hanoun, cidades praticamente destruídas em operações israelenses anteriores.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que havia ordenado negociações imediatas visando a libertação de todos os reféns restantes em Gaza. A iniciativa acompanhará a operação para tomar o controle de Gaza City.
No início desta semana, Israel autorizou a convocação de cerca de 60 mil reservistas para ajudar na tomada de Gaza City. O escritório humanitário da ONU alertou que a operação terá “um impacto humanitário horrível” sobre uma população já exausta. Mediadores aguardam a resposta oficial de Israel a uma proposta de cessar-fogo aceita pelo Hamas no início da semana.
O ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, resultou na morte de 1.219 pessoas, em sua maioria civis. Dos 251 reféns sequestrados, 49 permanecem em Gaza, incluindo 27 considerados mortos pelo exército israelense.
A ofensiva israelense já matou pelo menos 62.192 palestinos, a maioria civis, segundo dados do ministério da Saúde em Gaza, considerados confiáveis pela ONU.
* Com informações da AFP
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