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ONU faz alerta contra ‘apatia’ mundial ao apresentar campanha humanitária para 2026

Publicado 08/12/2025 • 08:42 | Atualizado há 3 horas

AFP

KEY POINTS

  • Arrecadação será limitada devido aos cortes na ajuda externa de muitos países.
  • "Estamos em um período de brutalidade, impunidade e indiferença", declarou Tom Fletcher, subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência.
  • Para 2026, a ONU apresentou um plano limitado para arrecadar pelo menos 23 bilhões de dólares (125 bilhões de reais) e ajudar 87 milhões de pessoas nos lugares mais perigosos do mundo, como a Faixa de Gaza, Ucrânia, Sudão, Haiti e Mianmar.

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A ONU criticou nesta segunda-feira (8) a “apatia” mundial diante do sofrimento ao apresentar sua campanha humanitária para 2026, que será limitada devido aos cortes na ajuda externa de muitos Estados. “Estamos em um período de brutalidade, impunidade e indiferença”, declarou Tom Fletcher, subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência.

O britânico criticou “a ferocidade e a intensidade dos assassinatos, o completo desprezo pelo direito internacional, os níveis horríveis de violência sexual” que presenciou em 2025. Apesar da crise, em 2025 a ONU conseguiu arrecadar apenas US$ 12 bilhões (R$ 65 bilhões) dos US$ 45 bilhões (R$ 245 bilhões) solicitados, o menor nível em uma década, segundo a organização. O valor permitiu ajudar apenas 98 milhões de pessoas, 25 milhões a menos que no ano passado.

“É um período em que as regras estão em retrocesso, em que a estrutura da coexistência está sob ataque constante, em que nossos instintos de sobrevivência foram entorpecidos pela distração e corroídos pela apatia”, denunciou Fletcher.

Para 2026, a ONU apresentou um plano limitado para arrecadar pelo menos 23 bilhões de dólares (125 bilhões de reais) e ajudar 87 milhões de pessoas nos lugares mais perigosos do mundo, como a Faixa de Gaza, Ucrânia, Sudão, Haiti e Mianmar.

A ONU aspira arrecadar US$ 33 bilhões (R$ 180 bilhões) para ajudar 135 milhões de pessoas em 2026, mas tem consciência de que alcançar o objetivo será difícil devido aos cortes na ajuda externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Fletcher afirmou que o objetivo de financiamento limitado implicou decisões muito difíceis. Ele disse esperar que Washington reconheça as reformas adotadas para melhorar a eficiência e volte a “renovar o compromisso” de assistência.

As Nações Unidas calculam que 240 milhões de pessoas em zonas de conflito, afetadas por epidemias ou vítimas de desastres naturais e das mudanças climáticas, precisam de ajuda de emergência.

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Queda nas doações

Segundo os dados da ONU, o governo dos Estados Unidos continua sendo o principal doador de ajuda humanitária do mundo, mas o valor caiu drasticamente em 2025, a US$ 2,7 bilhões (R$ 14 bilhões), contra US$ 11 bilhões (R$ 60 bilhões) de 2024.

Entre as prioridades para 2026 estão Gaza e Cisjordânia. A ONU solicita um total de US$ 4,1 bilhões (R$ 22 bilhões) para os territórios palestinos para oferecer assistência a três milhões de pessoas.

Outro país com necessidades urgentes é o Sudão, onde a guerra civil deslocou milhões de pessoas. A ONU espera arrecadar US$ 2,9 bilhões (R$ 15 bilhões) para ajudar 20 milhões de pessoas no país.

Em Tawila, onde os habitantes da cidade sudanesa de El Fasher buscaram refúgio após episódios de violência étnica, Fletcher conheceu uma jovem mãe que viu os assassinatos de seu marido e seu filho. Ela fugiu com o bebê de dois meses, desnutrido, de seus vizinhos mortos. A jovem seguiu pelo que o britânico chamou de “rodovia mais perigosa do mundo” até chegar a Tawila.

“Homens a atacaram, a estupraram, quebraram sua perna, e mesmo assim algo a manteve firme em meio ao horror e à brutalidade”, disse o subsecretário. “Alguém, de onde quer que venha, seja no que você acredite, de como você vota, não acredita que deveríamos estar lá por ela?”, questionou.

Se a ONU não conseguir arrecadar o suficiente, Fletcher pretende ampliar a campanha e apelar à sociedade civil, ao mundo empresarial e à população em geral, que, para ele, está saturada de desinformação que sugere de maneira equivocada que seus impostos são destinados integralmente ao exterior.

“Estamos pedindo pouco mais de 1% do que o mundo gasta atualmente com armamentos e defesa”, disse Fletcher. “Não estou pedindo que as pessoas escolham entre um hospital no Brooklyn e um hospital em Kandahar, estou pedindo ao mundo que gaste menos com defesa e mais com ajuda humanitária”, completou

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