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Premiê da China pede maior controle de preços em meio a pressões deflacionárias na economia

Publicado 17/07/2025 • 13:40 | Atualizado há 4 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O premiê chinês Li Qiang pediu regras mais rígidas para preços de carros elétricos, tentando frear a guerra de preços e conter a pressão deflacionária na economia.
  • A China tenta conter o excesso de oferta e a guerra de preços, vista como “involução”, em setores como carros elétricos, solares e aço.
O governo chinês voltou a se preocupar com o excesso de oferta e a guerra de preços, vista como “involução” — competição intensa, mas destrutiva — em setores como carros elétricos, painéis solares e aço.

O governo chinês voltou a se preocupar com o excesso de oferta e a guerra de preços, vista como “involução” — competição intensa, mas destrutiva — em setores como carros elétricos, painéis solares e aço.

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O premiê chinês Li Qiang pediu uma regulamentação mais rígida de preços no setor de carros elétricos durante uma reunião de alto nível na quarta-feira (16), enquanto Pequim busca conter as guerras de preços acirradas que estão alimentando pressões deflacionárias na economia.

Ao destacar o setor de veículos elétricos do país, Li solicitou um fortalecimento na supervisão de custos e monitoramento de preços. Ele também pediu que as principais montadoras façam pagamentos pontuais aos fornecedores, enquanto praticam maior autodisciplina na definição de preços.

As montadoras devem melhorar sua competitividade por meio de inovação tecnológica e melhorias de qualidade, em vez de cortes excessivos de preços, disse Li.

Desafios no setor automotivo e industrial

As preocupações de longa data sobre o excesso de oferta e as guerras de preços desgastantes vieram à tona entre os formuladores de políticas chinesas nas últimas semanas, mirando o que foi descrito como “involução” — a competição feroz, mas muitas vezes destrutiva — particularmente em setores sobrecarregados com capacidade excedente, como veículos elétricos, painéis solares e barras de aço.

Como sinal de que as guerras de preços intensificadas afetaram os negócios, os lucros industriais da China caíram 9,1% em maio. Os preços ao produtor nas fábricas também diminuíram 2,8% nos primeiros seis meses do ano em comparação com o ano anterior, segundo dados oficiais.

Embora os lucros das montadoras chinesas tenham caído 11,9% de um ano para o outro em maio, as vendas de carros no país aumentaram 11,7% no mesmo período, segundo a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis, com mais da metade sendo veículos de nova energia.

A associação da indústria automotiva em maio pediu o fim da “competição desleal,” que, segundo ela, prejudica a lucratividade das empresas e ameaça a segurança da cadeia de suprimentos.

Esforços para estimular o consumo doméstico

A demanda fraca dos consumidores também pressiona as margens de lucro das empresas. Li também pediu esforços renovados para impulsionar o consumo doméstico, remover “restrições injustificadas que impedem os gastos das famílias” e otimizar as políticas para um programa de troca de bens de consumo.

O vice-chefe do Bureau Nacional de Estatísticas, Sheng Laiyun, disse em uma coletiva de imprensa na terça-feira (15) que houve progresso nas indústrias de painéis solares, cimento e automóveis em regular preços sem intervenção governamental.

Sem reduções drásticas

Mesmo com a China mudando sua mensagem política para enfrentar as guerras de preços, economistas apontaram que Pequim precisa equilibrar a tarefa de controlar o excesso de oferta sem estagnar o crescimento ou colocar empregos em risco, especialmente enquanto uma intensa guerra comercial com os EUA lança dúvidas sobre a demanda externa por seus produtos.

Economistas do Banco Nomura sugeriram que as tentativas de lidar com a capacidade excedente envolveriam cortes substanciais na produção para fabricantes que têm vendido produtos com prejuízo.No entanto, restrições ao investimento nos setores industriais e na produção provavelmente gerariam um impacto adicional na economia.

“Corte na produção inevitavelmente vem ao custo de crescimento e empregos”, disse Neo Wang, economista-chefe e estrategista da Evercore ISI, sugerindo que Pequim provavelmente não reduzirá significativamente a capacidade.

“Garantir o crescimento e salvar empregos são prioridades mais altas para Pequim do que corrigir a desinflação ou deflação”, acrescentou Wang, enfatizando que “as vozes até agora soam como um slogan para uma campanha de curta duração, na melhor das hipóteses, em vez de um prelúdio para qualquer reforma.”

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Crescimento econômico e perspectivas futuras

A China informou na terça-feira que seu crescimento econômico superou as expectativas, expansão de 5,2% no segundo trimestre, colocando o país no caminho para atingir sua meta oficial de crescimento anual de 5%.

Embora algumas empresas de diversos setores tenham supostamente planejado reduzir a produção, isso pode não se traduzir em uma retração mais ampla da oferta, disse Tianchen Xu, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

“Sempre há pessoas que querem expandir sua participação de mercado com preço baixo. Mesmo que uma aliança de preços seja formada, as empresas ainda podem trair a aliança e subcotizar os concorrentes”, disse Xu.

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