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Relatório do Senado dos EUA aponta que tarifas de Trump contra a China elevaram custos e prejudicaram famílias e empresas

Publicado 29/10/2025 • 21:44 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Senadora Elizabeth Warren afirma que política comercial de Trump ameaça prosperidade e segurança dos EUA.
  • Inflação anual atinge 3% e setor manufatureiro perde 42 mil empregos após imposição das tarifas.
  • Agricultores sofrem com aumento nos custos e queda nas exportações, enquanto a China amplia vantagem.

Uma avaliação feita por senadores democratas dos Estados Unidos alerta para impactos negativos da atual disputa comercial com a China, destacando que os resultados das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm prejudicado consumidores, empresas e agricultores estadunidenses na véspera de um encontro com o presidente chinês Xi Jinping, previsto para ocorrer na Coreia do Sul.

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Segundo relatório do Comitê de Bancos, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado, as medidas adotadas por Trump aumentaram custos para famílias e companhias nos EUA, ao mesmo tempo em que fortaleceram a posição chinesa. O documento afirma que “as guerras comerciais de Trump impuseram custos significativos” aos estadunidenses, “sacrificaram os agricultores do país” e “fortaleceram a mão da China enquanto enfraqueceram a influência dos Estados Unidos.”

A senadora Elizabeth Warren (Democrata), que ocupa posição de destaque no comitê, declarou que o presidente “está colocando em risco a prosperidade e a segurança de longo prazo dos Estados Unidos.” Warren também defendeu que “Trump precisa mudar a estratégia na guerra comercial com a China imediatamente e parar de prejudicar famílias, agricultores e empresas norte-americanas”, afirmou a parlamentar à CNBC.

Inflação, custos e empregos em queda

O relatório, entregue à imprensa antes da reunião entre Trump e Xi, aponta que, depois de janeiro, a inflação ao consumidor nos EUA voltou a crescer fortemente quando as tarifas passaram a vigorar. Em setembro, a inflação anualizada atingiu 3%, o nível mais alto desde maio de 2024. O índice de preços de bens duráveis subiu 1,5% no mesmo período, enquanto alimentos também ficaram mais caros.

Estudos citados pelo documento indicam que as tarifas de Trump aumentaram em cerca de R$ 8.013 (US$ 1.500) por ano o custo para famílias estadunidenses, com impacto mais severo sobre lares de renda baixa e média, que gastam mais com itens essenciais. Além de pressionar os preços, o relatório aponta que o setor manufatureiro perdeu 42 mil empregos e acumula quatro meses consecutivos de queda, o maior período de retração desde o início de 2020.

Reuters
Imagem de arquivo. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping apertam as mãos.

China amplia vantagem e agricultores americanos sentem o impacto

Mesmo com a sinalização de Trump, durante o Fórum Econômico Ásia-Pacífico, de que estaria otimista quanto a um acordo comercial com Xi para reduzir tarifas, o relatório conclui que Pequim mantém vantagem nas negociações e segue impondo restrições. Entre as medidas tomadas pela China estão controles sobre exportação de terras raras e, desde maio, a suspensão da compra de soja dos EUA. No ano passado, a China adquiriu US$ 12,6 bilhões (cerca de R$ 67,3 bilhões) em soja estadunidense, mas só US$ 2,5 bilhões (R$ 13,3 bilhões) nos primeiros seis meses deste ano, antes do boicote.

O documento ressalta ainda que os agricultores dos Estados Unidos enfrentam aumento nos custos de insumos como fertilizantes e equipamentos devido às tarifas, agravando as dificuldades do setor. A China, por sua vez, ampliou suas exportações apesar das barreiras impostas pelos EUA: em setembro, as vendas chinesas cresceram 56,4% para a África, 15,6% para o Sudeste Asiático e 14% para a União Europeia. “As exportações chinesas seguem em alta, atingindo superávits históricos ao redirecionar mercadorias por outros países”, aponta o relatório.

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