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Presidente da Aprosoja MT defende diplomacia e alerta para impactos de retaliações comerciais com os EUA
Publicado 16/07/2025 • 12:02 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 16/07/2025 • 12:02 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, afirmou que a associação acompanha com preocupação as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, principalmente após o anúncio de tarifas adicionais por parte do governo norte-americano. Ele defende que o Brasil adote uma postura diplomática e evite retaliações, para não comprometer setores estratégicos do agronegócio.
“Entrar em uma guerra contra os Estados Unidos é praticamente uma guerra perdida”, disse Beber em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, ao comentar os riscos de uma escalada tarifária entre os dois países.
A principal preocupação está relacionada à dependência da agricultura brasileira em relação à tecnologia, insumos e equipamentos importados dos EUA. Segundo Beber, o setor utiliza softwares, componentes eletrônicos e máquinas agrícolas norte-americanas.
Além das importações, Beber destacou a importância dos Estados Unidos como destino de exportações brasileiras indiretas, especialmente na cadeia da carne. A ração utilizada para confinamento de bovinos e a produção de frangos depende do farelo de soja e do milho produzidos no Brasil. “O frango é totalmente dependente do farelo de soja e do milho para a produção de carne e ovos”, afirmou.
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Outro ponto mencionado é a importação de diesel. Segundo ele, 25% do óleo diesel consumido no Brasil vem dos Estados Unidos. A elevação do preço desse combustível afetaria o custo de produção, a colheita e o transporte de alimentos, com impacto direto na inflação. “Vai interferir diretamente no preço dos alimentos aqui no país”, declarou.
Lucas Beber criticou também a proposta do governo federal de aplicar a chamada lei da reciprocidade como resposta às tarifas dos EUA. Segundo ele, essa medida pode resultar em mais custos para o produtor rural e comprometer a competitividade do agronegócio. “A nossa saída é a diplomacia e deixar de lado esse discurso de moeda única do Brics ou de substituição do dólar”, disse.
Ao ser questionado sobre a exportação direta de soja aos EUA, Beber explicou que isso ocorre apenas em anos com quebras de safra naquele país. Contudo, os subprodutos da soja e do milho estão presentes em diversas exportações, como etanol, carnes e ovos.
Ele também fez referência ao caso da Argentina em 2006, quando o governo local taxou exportações de carne. Segundo Beber, a medida resultou na perda de espaço no mercado internacional e aumento de preços no médio prazo. “No curto prazo o preço da carne despencou, mas devido à falta de rentabilidade os produtores abateram as matrizes, e em três anos a carne estava mais cara do que antes”, relatou.
Beber defende a abertura de mercados e acredita que medidas protecionistas prejudicam a economia brasileira. Em sua visão, “quanto mais livre o mercado, mais chance temos de aumentar as exportações futuramente”.
O presidente da Aprosoja reforçou também que o agronegócio é um dos setores que mais geram empregos no Brasil e que depende de estabilidade nas relações comerciais. Também mencionou a vulnerabilidade de outras indústrias, como a Embraer, que importa motores e placas eletrônicas dos Estados Unidos. “Pode colapsar uma indústria dessa, causando desemprego”, afirmou.
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