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Exportações de pescado enfrentam incertezas após tarifa dos EUA, diz Abipesca
Publicado 01/08/2025 • 10:54 | Atualizado há 14 horas
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Publicado 01/08/2025 • 10:54 | Atualizado há 14 horas
KEY POINTS
A taxação de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, sem exceções para o setor pesqueiro, causou interrupções em contratos e gerou impactos sobre as exportações de pescado.
Segundo Aniella Banat, diretora de Processamento e Comercialização da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), cerca de 70% das exportações do setor tinham como destino o mercado norte-americano.
“O mercado dos Estados Unidos era o mais importante nos últimos anos. Em 2024, exportamos mais de 230 milhões de dólares. Neste ano, o crescimento era de mais de 30%”, disse Banat, ao comentar o impacto imediato da tarifa ao Agora, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Ela afirmou que os produtos mais afetados são os frescos, vivos e resfriados, como a lagosta viva e o atum fresco, que dependem de logística ágil e têm alto valor comercial. “Com a suspensão de compras, essas cargas estão sendo redirecionadas para congelamento, o que altera a composição de valor dos produtos.”
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A diretora destacou que os prejuízos não se limitam à indústria. A estimativa da Abipesca é de mais de 200 mil empregos diretos e indiretos ligados à cadeia do pescado, incluindo pesca artesanal, cultivo e supply chain. “O impacto será maior na produção primária. As indústrias estão reavaliando os processos de compra”, afirmou.
Segundo Banat, dois caminhos estão sendo negociados com o governo brasileiro: a abertura de uma linha de crédito emergencial e a atuação diplomática para tentar reverter a inclusão do setor na nova tarifação. “Precisamos de capital de giro para manter a operação e armazenar os produtos enquanto buscamos novos mercados”, disse.
Além do diálogo com os EUA, a Abipesca voltou a pressionar por avanços nas tratativas com o Reino Unido e a União Europeia, mercados fechados ao pescado brasileiro desde 2017. Segundo Banat, a China é atualmente uma alternativa parcial, já que aceita apenas produtos da pesca extrativa, excluindo itens de cultivo como a tilápia.
Ela também apontou a desvantagem competitiva do Brasil frente a países como China e Vietnã, que praticam tarifas menores nas exportações de tilápia para os EUA. “A concorrência com mercados do Caribe também é forte no caso do atum fresco”, completou.
Para Banat, mesmo que a medida seja revertida, a instabilidade já compromete relações comerciais. “Importadores estão buscando outros fornecedores. Esse é um efeito de médio e longo prazo que já começou.”
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