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Tarifas do Trump

Índia suspende planos de compra de armas dos EUA após tarifas de Trump, diz agência

Publicado 09/08/2025 • 09:53 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

  • Nova Délhi suspendeu planos de adquirir novas armas e aeronaves dos Estados Unidos, no primeiro sinal concreto de descontentamento após tarifas impostas às exportações indianas pelo presidente Donald Trump levarem as relações bilaterais ao nível mais baixo em décadas.
  • A informação foi confirmada à agência de notícias Reuters por três autoridades indianas familiarizadas com o assunto.
  • Segundo duas das fontes, a Índia pretendia enviar o ministro da Defesa, Rajnath Singh, a Washington nas próximas semanas para anunciar parte das compras, mas a viagem foi cancelada.

Foto de JIM WATSON / AFP

A cúpula da OCX defendeu o acordo nuclear iraniano de 2015 e cobrou cessar-fogo em Gaza, condenando ações militares em Israel e Gaza.

Nova Délhi suspendeu planos de adquirir novas armas e aeronaves dos Estados Unidos, no primeiro sinal concreto de descontentamento após tarifas impostas às exportações indianas pelo presidente Donald Trump. A informação foi confirmada à agência de notícias Reuters por três autoridades indianas familiarizadas com o assunto.

Segundo duas das fontes, a Índia pretendia enviar o ministro da Defesa, Rajnath Singh, a Washington nas próximas semanas para anunciar parte das compras, mas a viagem foi cancelada.

Em 6 de agosto, Trump impôs tarifa adicional de 25% sobre produtos indianos como punição pela compra de petróleo russo por Nova Délhi — medida que, segundo ele, significava financiar a invasão russa à Ucrânia. Com isso, a tarifa total sobre exportações indianas aos EUA chegou a 50%, uma das mais altas entre os parceiros comerciais de Washington.

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Apesar de Trump ter histórico de rever rapidamente posições sobre tarifas, a Índia afirma continuar em diálogo com o governo americano. Uma das autoridades disse que as compras de defesa poderão avançar quando houver clareza sobre as tarifas e o rumo das relações bilaterais, “mas não tão cedo quanto se esperava”.

Outra fonte ressaltou que não houve instrução formal para suspender as aquisições, deixando aberta a possibilidade de retomar o processo rapidamente, embora “sem movimentos à frente por enquanto”.

Após a publicação da reportagem, o governo indiano divulgou nota atribuída a uma fonte do Ministério da Defesa classificando as informações sobre a suspensão das negociações como “falsas e fabricadas”, acrescentando que as aquisições seguem os “procedimentos vigentes”.

Histórico e tensões

A aproximação militar entre Índia e EUA, reforçada pela rivalidade estratégica com a China, era vista por analistas americanos como um dos principais avanços da política externa do primeiro governo Trump.

Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, a Índia é o segundo maior importador de armas do mundo e, historicamente, compra principalmente da Rússia.

Nos últimos anos, porém, passou a adquirir mais equipamentos de países ocidentais como França, Israel e EUA, impulsionada por limitações da indústria russa, que utiliza grande parte de sua produção na guerra contra a Ucrânia, e pelo desempenho insatisfatório de algumas armas no campo de batalha.

Apesar da pausa nas negociações, a parceria de defesa mais ampla entre Índia e EUA, que inclui compartilhamento de inteligência e exercícios militares conjuntos, continua ativa, segundo uma das fontes.

Em relação ao petróleo, Nova Délhi mantém abertura para reduzir importações da Rússia e firmar acordos com outros fornecedores, inclusive os EUA, desde que obtenha preços equivalentes.

O Ministério do Petróleo indiano não respondeu a pedidos de comentário.

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