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Mercedes-Benz comemora acordo entre UE e EUA após queda nos lucros por causa de tarifas
Publicado 30/07/2025 • 08:09 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 30/07/2025 • 08:09 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Um logotipo gigante da marca automotiva alemã Mercedes-Benz é visto no topo de um edifício em Frankfurt am Main, oeste da Alemanha, em 29 de abril de 2025.
Kirill Kudryavtsev | Afp | Getty Images | CNBC International
Um novo acordo comercial firmado entre os Estados Unidos e a União Europeia é uma boa notícia, apesar dos receios de que seja desequilibrado, afirmou a Mercedes-Benz na quarta-feira (29), após a montadora alemã relatar um impacto de centenas de milhões de euros devido a tarifas no segundo trimestre.
“Tenho respeito pelo que a Comissão Europeia e o comissário de comércio Maros Sefcovic e sua equipe construíram nos últimos meses”, disse o presidente-executivo Ola Kaellenius a jornalistas durante uma teleconferência. “Isso vai nos ajudar, em vez de nos prejudicar.”
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram no domingo um acordo que reduz a tarifa norte-americana sobre carros importados de 27,5% para 15%.
Mas críticos na Europa, incluindo o primeiro-ministro da França, François Bayrou, criticaram o acordo por considerá-lo unilateral, já que ele não prevê tarifa mínima para produtos norte-americanos entrando na UE.
“Zero não é um presente aos americanos nesse contexto”, afirmou Kaellenius, explicando que as montadoras alemãs são “as maiores exportadoras” para a União Europeia a partir dos Estados Unidos.
Kaellenius acrescentou que cerca de dois terços dos veículos produzidos pela Mercedes-Benz em sua fábrica de Tuscaloosa, nos Estados Unidos, foram exportados. Ele também afirmou que a empresa está avaliando ampliar a produção em locais que façam mais sentido econômico.
“Isso não é novidade, e não apenas por causa dessas tarifas”, disse ele. “O melhor é não reagir com pressa, mas pensar seriamente sobre qual deve ser a nossa presença global nos próximos cinco a dez anos.”
Ao divulgar os resultados do segundo trimestre, a Mercedes-Benz informou que as tarifas impostas por Trump custaram à empresa centenas de milhões de euros.
Sem as tarifas, a divisão de carros da montadora teria alcançado uma margem de lucro de 6,6%, em comparação com os 5,1% reais obtidos, sobre um faturamento total de 24,2 bilhões de euros no trimestre.
O lucro líquido total despencou quase 70%, para 957 milhões de euros (US$ 1,1 bilhão), impactado pelas tarifas e por vendas fracas na China, o que levou a Mercedes-Benz a reduzir sua projeção de receita para o ano.
Agora, a empresa prevê que sua receita global fique “significativamente abaixo” dos 146 bilhões de euros registrados no ano passado.
Em fevereiro, a expectativa era de que a receita de 2025 ficasse “levemente abaixo” do nível de 2024.
Em abril, Trump impôs uma tarifa adicional de 25% sobre carros importados, como parte de uma política comercial agressiva que, segundo ele, visa impulsionar a indústria manufatureira dos EUA.
A medida afetou montadoras europeias, incluindo Stellantis, dona das marcas Jeep e Citroën, e a gigante Volkswagen, que também relataram quedas nas vendas na América do Norte em seus últimos balanços.
As vendas da própria Mercedes-Benz nos Estados Unidos recuaram 12% no período.
Na China, o tombo foi ainda maior: 19%, evidenciando os desafios que a empresa enfrenta diante de concorrentes locais como a BYD.
Junto a outras montadoras, a Mercedes-Benz suspendeu suas projeções em abril, enquanto avaliava o impacto da ofensiva tarifária de Trump.
Agora, na principal divisão de carros, a Mercedes-Benz prevê uma margem de lucro entre 4% e 6%, já considerando os efeitos das tarifas.
Sem as tarifas, a projeção é de uma margem entre 6% e 8%.
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