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Setor de rochas ornamentais avalia impactos de tarifa dos EUA e busca novos mercados
Publicado 01/08/2025 • 11:30 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 01/08/2025 • 11:30 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), Reinaldo Sampaio, afirmou que o setor interpreta como positiva a possível isenção de uma das principais categorias de exportação brasileira das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A declaração foi feita em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo ele, a NCM 6802.9900 — código da Nomenclatura Comum do Mercosul que classifica chapas de quartzito e outras rochas trabalhadas — teria ficado de fora do tarifário norte-americano. “Se esta interpretação estiver correta, uma parte dos produtos que exportamos para os Estados Unidos estaria a salvo dessa sanção”, disse.
No primeiro semestre, o Brasil exportou cerca de 423 milhões de dólares em rochas ornamentais para o mercado norte-americano. Deste total, aproximadamente 280 milhões se enquadram na nomenclatura que, de acordo com a Abirochas, estaria isenta.
O executivo ponderou que ainda há falta de clareza sobre a abrangência do decreto. “É um ambiente muito confuso e impreciso. Estamos interpretando como uma desoneração neste item específico”, afirmou.
Ainda que a maior parte do valor exportado possa escapar da sobretaxa, Sampaio ressaltou que os efeitos para o setor não são uniformes. Ele explicou que a exportação de chapas de quartzito é realizada por empresas de maior porte, concentradas principalmente na Bahia e em Minas Gerais.
Já as menores, que trabalham com mármore e granito, podem ser mais afetadas. “Essas estarão duramente impactadas, com consequências econômicas e sociais do ponto de vista do emprego”, avaliou.
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Como alternativa ao impacto tarifário nos EUA, a Abirochas propôs ao governo brasileiro a negociação com a China para reduzir a tarifa de 25% sobre produtos beneficiados de rocha ornamental. Atualmente, as matérias-primas brasileiras entram no país asiático com tarifa zero.
“Se nós vendermos metade das matérias-primas sob a forma de produto manufaturado, estamos falando de 400 milhões de dólares em exportações”, estimou o presidente da entidade. O volume atual gira entre 180 e 200 milhões de dólares por ano, segundo ele.
Sampaio relatou que esse pleito é antigo e remonta ao período do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele defendeu a possibilidade de concessão por tempo limitado ou por meio de cotas, dentro do atual cenário de aproximação entre países do BRICS.
Sobre o mercado doméstico, o presidente da Abirochas disse que o consumo de rochas ornamentais ainda é limitado. Atualmente, elas representam cerca de 8% a 10% dos materiais de revestimento usados na construção civil brasileira. Segundo ele, mesmo uma elevação de dois pontos percentuais nesse mercado poderia resultar em crescimento de 20% na demanda.
A entidade tem promovido ações em parceria com a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD) para ampliar o uso da pedra natural na arquitetura e no urbanismo. Entre os argumentos defendidos estão a durabilidade do material, o baixo consumo energético no processo de produção e a possibilidade de reutilização da água.
“Ainda há espaço para ampliar o uso da pedra natural na construção civil brasileira”, concluiu.
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