O Centro Memorial John F. Kennedy para as Artes Cênicas, um dos principais espaços culturais dos Estados Unidos, passará a se chamar “Centro Trump-Kennedy”. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (18) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Segundo Leavitt, o conselho de curadores do centro, formado por integrantes indicados pelo presidente Donald Trump em fevereiro, aprovou a mudança de nome por unanimidade. Em publicação no X, a porta-voz afirmou que a decisão reconhece “o trabalho inacreditável que o presidente Trump realizou ao longo do último ano para salvar o prédio”.
“Parabéns ao presidente Donald J. Trump e, da mesma forma, parabéns ao presidente Kennedy. Essa será uma parceria que deve levar o prédio a novos patamares de sucesso e prestígio”, escreveu Leavitt.
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A versão oficial apresentada pela Casa Branca, no entanto, contrasta com reportagens recentes sobre o desempenho do centro. Diversos veículos americanos relataram queda nas vendas de ingressos e redução no quadro de funcionários ao longo do ano.
O jornal The New York Times informou em novembro que dados internos indicam uma queda de cerca de 50% nas vendas de ingressos em uma semana típica de outubro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o The Washington Post, que analisou dados entre o início de setembro e 19 de outubro, apontou uma retração generalizada nas vendas nos três maiores espaços de apresentação do centro.
Trump, que se autodenominou presidente do conselho administrativo do Kennedy Center poucas semanas após assumir o cargo, já havia sinalizado em outubro que a mudança de nome estava em estudo. Em uma publicação na rede Truth Social, o presidente compartilhou imagens da colunata externa recém-pintada do edifício, acompanhadas de uma legenda em tom irônico elogiando “as novas colunas do TRUMP KENNEDY — ops, quer dizer, do KENNEDY CENTER”.
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O centro cultural não foi originalmente batizado em homenagem a John F. Kennedy. A instituição foi criada em 1958, quando o então presidente Dwight Eisenhower sancionou uma lei para estabelecer um Centro Cultural Nacional em Washington. Em 1962, Kennedy e a primeira-dama Jacqueline Kennedy lideraram uma campanha de arrecadação de US$ 30 milhões para viabilizar a construção do espaço.
Após o assassinato de Kennedy, em novembro de 1963, o então presidente Lyndon Johnson sancionou, dois meses depois, a lei que rebatizou oficialmente o centro em homenagem ao ex-presidente.
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