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Trump chama relação comercial entre Índia e EUA de ‘tragédia totalmente desigual’ após Modi visitar a China
Publicado 01/09/2025 • 23:42 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 01/09/2025 • 23:42 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Encontro entre Modi e Xi Jiping.
Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar a Índia nesta segunda-feira (1º), classificando os laços comerciais entre os dois países como “uma tragédia totalmente desigual!”. A declaração ocorreu logo após o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitar a China para participar da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai.
Trump também afirmou, em publicação na Truth Social, que a Índia havia oferecido zerar suas tarifas, mas que “já estava ficando tarde” e que o país deveria ter feito isso “há anos”. Ele não detalhou quando essa oferta teria sido feita.
A tensão acontece enquanto os EUA mantêm tarifas de 50% sobre produtos indianos, além de terem aplicado no mês passado tarifas secundárias de 25% devido à compra de petróleo russo pela Índia. O governo indiano classificou essas medidas como “injustas, injustificadas e desproporcionais”.
Trump voltou a afirmar que a Índia está comprando petróleo e armas da Rússia e acusou Nova Délhi de vender “enormes quantidades de produtos” para os Estados Unidos, mas de manter tarifas altas para mercadorias americanas que entram no mercado indiano.
“O motivo é que a Índia vem nos cobrando, até agora, as tarifas mais altas do mundo, o que impede nossas empresas de venderem para lá. Tem sido uma tragédia totalmente desigual!”, escreveu.
Dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram que a Índia aplica uma tarifa média de 6,2% sobre importações dos EUA, enquanto os americanos cobram tarifa média de 2,4% sobre produtos indianos. O cálculo leva em conta o peso de cada tipo de produto no total das importações.
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As relações entre os Estados Unidos e a Índia se desgastaram nos últimos meses, interrompendo mais de 20 anos de aproximação, especialmente após diversas autoridades americanas intensificarem as críticas a Nova Délhi pela importação de petróleo da Rússia.
Por sua vez, a Índia tem cobrado dos EUA e da União Europeia pelas relações comerciais que esses países mantêm com os russos, ainda que seja alvo de críticas pelo mesmo motivo.
No mês passado, o Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou que “é revelador que as mesmas nações que criticam a Índia continuam fazendo negócios com a Rússia. Ao contrário do nosso caso, para eles essa relação nem sequer é uma necessidade nacional vital”.
Já em maio, a Índia teria proposto um acordo de tarifas “zero a zero” para aço, autopeças e farmacêuticos, em base de reciprocidade e até determinado volume de importação. Mesmo assim, Nova Délhi e Washington não chegaram a um entendimento, levando Trump a impor tarifas de 50% sobre produtos indianos exportados aos EUA.
O premiê indiano, Narendra Modi, se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai, em Tianjin, entre 31 de agosto e 1º de setembro. Ambos reafirmaram a importância de serem parceiros, e não rivais.
“A melhora nas relações com a Índia é algo importante. Isso permite ao país acessar propriedade intelectual essencial para se industrializar e fortalecer sua indústria”, afirmou Marko Papic, estrategista-chefe da GeoMacro Strategy BCA Access, em e-mail.
“Mas, no longo prazo, os EUA estão perdendo a disputa de narrativa ao tentar pintar a China como a grande vilã. Isso só reforça o cenário de um mundo mais multipolar”, completou.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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