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Zelensky alerta contra “premiar” a Rússia após Trump sugerir concessões
Publicado 18/08/2025 • 12:10 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 18/08/2025 • 12:10 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
UKR - Foto: EFREM LUKATSKY/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou antes da reunião com Donald Trump na segunda-feira (18) que a Rússia não deve ser “premiada” por sua invasão, reagindo à pressão do líder americano para que a Ucrânia faça concessões em troca da paz.
O encontro, que também terá a participação de líderes europeus, acontece após a cúpula de sexta-feira (15) entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin, realizada no Alasca, que terminou sem acordo para um cessar-fogo na guerra que já dura quase três anos e meio.
Trump, que já não insiste mais em um cessar-fogo imediato e agora fala em acordo de paz definitivo depois de conversar com Putin, declarou no domingo (17) que Zelensky poderia encerrar a guerra “quase imediatamente, se quiser”, mas que, para a Ucrânia, “não tem volta” na Crimeia e “NADA DE ENTRAR NA OTAN”.
Kiev e líderes europeus alertaram contra a ideia de fazer concessões políticas e territoriais à Rússia, cujo ataque à Ucrânia desde fevereiro de 2022 já causou dezenas de milhares de mortes.
“A Rússia não pode ser premiada por participar desta guerra… E é Moscou que precisa ouvir a palavra: Pare”, escreveu Zelensky em uma postagem no Facebook na madrugada de segunda-feira (18).
Segundo a Casa Branca, Trump e Zelensky devem se encontrar primeiro a sós, antes de receberem os líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Finlândia, além do chefe da OTAN, Mark Rutte, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A União Europeia informou que os líderes europeus também farão uma reunião preparatória com Zelensky antes de conversar com Trump.
Antes do encontro desta segunda-feira (18), a China pediu que “todas as partes” cheguem a um acordo de paz “o quanto antes”.
Será a primeira visita de Zelensky a Washington desde o desentendimento em fevereiro com Trump e o vice-presidente JD Vance, quando os dois criticaram o líder ucraniano por ser “ingrato”.
A Rússia manteve os ataques à Ucrânia às vésperas das novas conversas, lançando pelo menos 140 drones e quatro mísseis balísticos contra o país entre o fim de domingo (17) e o início de segunda (18), segundo a força aérea ucraniana.
Um ataque russo com drones a um prédio residencial de cinco andares na cidade ucraniana de Kharkiv, pouco antes do amanhecer, matou pelo menos sete pessoas, incluindo uma menina de um ano e meio, de acordo com as autoridades.
Zelensky classificou os ataques como uma tentativa de “humilhar os esforços diplomáticos”.
Enquanto isso, bombardeios ucranianos nas regiões de Kherson e Donetsk, ocupadas pela Rússia, mataram duas pessoas, segundo autoridades instaladas por Moscou.
Atualmente, a Rússia ocupa um quinto do território ucraniano.
O Kremlin anexou a Crimeia em 2014 após um referendo considerado fraudulento por Kiev e pelo Ocidente, e fez o mesmo em 2022 com quatro regiões da Ucrânia — Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhzhia — mesmo sem controlar totalmente essas áreas.
A Rússia controla a Crimeia e tem domínio quase total sobre a região de Lugansk, mas não sobre as outras três regiões.
A Rússia sugeriu que poderia “congelar” a linha de frente nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia em troca do controle de áreas ainda não conquistadas em Donetsk e Lugansk.
Uma fonte que acompanhou uma ligação telefônica entre Trump e líderes europeus no sábado (16) disse à AFP que o presidente dos EUA estaria “inclinado a apoiar” essa proposta.
Mas Zelensky tem rechaçado repetidamente a ideia de ceder território para Moscou e afirma que está impedido pela Constituição de abrir mão da Crimeia.
Yevgeniy Sosnovsky, fotógrafo da cidade ucraniana de Mariupol, atualmente ocupada, disse que “não consegue entender” como a Ucrânia poderia entregar terras que ainda controla.
“A Ucrânia não pode abrir mão de nenhum território, nem mesmo daqueles ocupados pela Rússia”, declarou ele à AFP.
O enviado de Trump, Steve Witkoff, afirmou que Moscou fez “algumas concessões” sobre território e que há uma “discussão importante sobre Donetsk e o que pode acontecer por lá”.
“Essa discussão vai ser detalhada especificamente na segunda-feira (18)”, disse ele à CNN, sem dar mais informações.
Leia mais:
“Nada de Ucrânia na OTAN”, diz Trump ao pressionar por acordo de paz com a Rússia
Os Estados Unidos não impuseram novas sanções a Moscou, e a recepção calorosa oferecida a Putin no Alasca, em sua primeira visita ao Ocidente desde a invasão da Ucrânia em 2022, foi vista como uma vitória diplomática para a Rússia.
No entanto, Trump levantou a possibilidade de dar à Ucrânia uma garantia coletiva de defesa semelhante à concedida aos membros da OTAN, depois que a guerra terminar.
Essa promessa ficaria fora do âmbito da aliança militar ocidental que a Ucrânia deseja integrar e que a Rússia considera uma ameaça à sua existência.
Falando em Bruxelas na véspera da viagem aos Estados Unidos, Zelensky disse estar ansioso para saber mais sobre o que Putin e Trump discutiram no Alasca.
Ele também classificou como “histórica” a oferta dos Estados Unidos de garantias de segurança à Ucrânia.
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