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Zelensky se reúne com líderes europeus sobre garantias de segurança na Ucrânia

Publicado 04/09/2025 • 09:29 | Atualizado há 2 dias

AFP

KEY POINTS

  • Líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reúnem em Paris para definir garantias de segurança a Kiev caso seja fechado um acordo de paz com a Rússia.
  • As garantias, parte da iniciativa liderada por Emmanuel Macron, podem incluir treinamento intensificado do exército ucraniano e envio de tropas europeias, irritando a Rússia.
  • A cúpula busca consolidar planos de segurança para a Ucrânia e obter clareza sobre o envolvimento dos EUA, mostrando que a Europa pode agir de forma independente de Washington.
Foto de Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia

Foto de Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia

UKR - UCRÂNIA/GUERRA/ZELENSKY/COLETIVA - INTERNACIONAL - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, concede entrevista coletiva à imprensa em Kiev, neste domingo (23), véspera do Foto: EVGENIY MALOLETKA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reúnem em Paris nesta quinta-feira (4) para acertar garantias de segurança a Kiev caso seja fechado um acordo de paz com a Rússia, encerrando a guerra de três anos e meio iniciada pela invasão de Moscou em 2022.

As garantias da chamada “coalizão dos dispostos”, que ainda não foram divulgadas, devem incluir treinamento intensificado do exército ucraniano e o envio de tropas por alguns países europeus, irritaram a Rússia.

Elas fazem parte de uma iniciativa liderada pelo presidente francês Emmanuel Macron para mostrar que a Europa pode agir de forma independente de Washington, após o presidente Donald Trump ter reformulado a política externa dos EUA apenas alguns meses após assumir.

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A cúpula, co-presidida por Macron e pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, tem como objetivo consolidar planos de garantias de segurança para a Ucrânia caso haja um cessar-fogo, além de obter uma visão mais clara sobre o envolvimento dos EUA.

A Rússia tem menosprezado essas garantias, e o próprio presidente Vladimir Putin afirmou que Moscou está disposta a “resolver todas as nossas tarefas militarmente” na ausência de um acordo. Ele também indicou que não deseja a presença de tropas europeias na Ucrânia pós-guerra.

A coalizão dos dispostos inclui cerca de 30 países que apoiam a Ucrânia, principalmente europeus, além de Canadá, Austrália e Japão.

Os Estados Unidos estão sendo representados pelo enviado especial do presidente Donald Trump, Steve Witkoff. A cúpula será seguida por conversas telefônicas com Trump, previstas para começar às 12h GMT, e, em seguida, uma coletiva de imprensa às 13h GMT.

“Não cabe a eles decidir”

“A Europa está pronta, pela primeira vez com esse nível de compromisso e intensidade”, disse Macron na quarta-feira, ao receber Zelensky, acrescentando que o trabalho preparatório sobre as garantias estava concluído e que a cúpula de quinta-feira tinha como objetivo aprová-las “politicamente”.

No entanto, aparentemente não há acordo sobre o curso de ação, com a natureza das garantias ainda pouco definida, e alguns países, notadamente a Alemanha, relutam em se comprometer a enviar tropas.

“Até que um cessar-fogo seja alcançado, certamente não haverá envio de tropas à Ucrânia, ou mesmo depois disso”, afirmou o chanceler alemão, Friedrich Merz, na televisão.

Fontes do governo alemão informaram à AFP que o país pretende contribuir com o fortalecimento da defesa aérea da Ucrânia e o equipamento de suas forças terrestres.

A frustração vem crescendo diante do que os líderes consideram a falta de disposição de Putin para fechar um acordo que encerre o conflito.

Na quarta-feira, Zelensky afirmou: “Ainda não vimos nenhum sinal da Rússia de que eles querem acabar com a guerra”.

Horas antes do início das conversas, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que Moscou não consideraria o envio de tropas estrangeiras à Ucrânia “de nenhuma forma”.

“Não cabe a eles decidir”, rebateu o chefe da Otan, Mark Rutte, nesta quinta-feira.

“Aliança entre Europa e EUA”

Em entrevista à revista francesa Le Point, publicada antes da cúpula, Zelensky disse que as garantias de segurança europeias “podem não ser suficientes” para impedir Putin de iniciar uma nova guerra. “Precisamos de uma aliança entre a Europa e os Estados Unidos”, afirmou.

O encontro ocorre após as viagens de Putin à China e aos Estados Unidos. Falando na quarta-feira em Pequim, onde participou de um grande desfile militar ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, o líder russo exaltou suas forças na Ucrânia, que estariam avançando “em todas as frentes”.

Em cenas inéditas, Putin foi fotografado apertando as mãos e conversando com Xi e com o líder norte-coreano Kim Jong Un enquanto caminhavam por um tapete vermelho na Praça Tiananmen.

No mês passado, Trump recebeu Putin com tapete vermelho no Alasca, mas as conversas não resultaram em avanços. Trump indicou que os Estados Unidos poderiam apoiar qualquer plano europeu de manutenção da paz, mas não enviariam soldados americanos à Ucrânia.

“Criminoso de guerra”

Líderes europeus têm demonstrado crescente exasperação com Putin, intensificando críticas e alertando que a guerra na Ucrânia pode se prolongar por muitos meses. “Putin é um criminoso de guerra”, disse Merz no X (antigo Twitter) na terça-feira.

“Ele é talvez o criminoso de guerra mais severo do nosso tempo. Devemos ser claros sobre como lidar com criminosos de guerra: aqui não há espaço para leniência.”

No mês passado, Macron chamou Putin de “um ogro às nossas portas”, enquanto seu ministro da Defesa, Sebastien Lecornu, afirmou que a Rússia pode continuar sua guerra contra a Ucrânia “enquanto puder”.

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