Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Trump pede demissão de Lisa Monaco, presidente de assuntos globais da Microsoft
Mercados não seriam afetados se Trump demitir Lisa Cook, afirma Departamento de Justiça à Suprema Corte
Accenture prioriza IA e planeja desligar funcionários que não se adaptarem
Claire’s em crise: conheça a empresa que está conduzindo sua reformulação
Google mudou de um baluarte de informações precisas para um defensor da livre expressão
Inflação não mede preço, mas a variação com que muda. Se um serviço custa R$ 100 e cai para R$ 90, temos deflação de 10%. Se no mês seguinte volta para R$ 100, a inflação é de 11%. O preço voltou ao ponto inicial, mas o índice registrou uma montanha-russa de sinais opostos.
Esse é o coração do debate de agosto: o IPCA-15 caiu 0,14%, o primeiro negativo em dois anos. Mas não se trata de uma mudança estrutural da economia, apenas de um efeito momentâneo.
O grande responsável foi a energia elétrica residencial, com recuo de 4,93%, efeito direto do chamado “bônus Itaipu”. Só esse item retirou 0,20 ponto percentual do índice. Foi o suficiente para derrubar Habitação em -0,17% e levar o IPCA-15 para -0,14%.
Se a energia tivesse impacto zero, Habitação teria ficado em +0,03% e o IPCA-15 em +0,06%. Em outras palavras: sem o bônus contábil de Itaipu, não haveria deflação em agosto.
Adicionalmente, o alívio é passageiro. Desde 25 de julho, está em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Para uma conta média de 150 kWh (R$ 135,00), o aumento é de R$ 11,80, ou 8,7% a mais.
Leia mais:
Confiança respira hoje, mas não acredita no amanhã
Mercado imobiliário em alerta: entenda os motivos de queda na intenção de compra de imóveis
Esse choque aparecerá nas faturas de agosto, que vencem em setembro, e será captado no IPCA cheio de setembro, com impacto estimado de 0,35 p.p. na inflação. O consumidor, portanto, experimenta em agosto o bônus e, logo depois, a cobrança.
Se a energia distorce o índice, os alimentos dão um alívio real. Foi o terceiro mês seguido de queda na alimentação no domicílio (-1,02%), puxada por batata (-18,8%), cebola (-13,8%), tomate (-7,7%), arroz (-3,1%) e carnes (-0,9%). Esse movimento é mais estrutural e tem efeito direto no bolso das famílias. É a parte do índice que merece ser vista com atenção.
O quadro final é claro: a deflação de agosto foi produzida por um crédito extraordinário, não pela política monetária. O Banco Central não pode se apoiar nesse resultado para cortar juros mais cedo. Entre bônus e bandeiras, a inflação voltará a subir em setembro.
Em resumo, a inflação “perdeu energia” em agosto, mas apenas no sentido literal: a queda foi pontual, artificial e logo dará lugar à conta real que está por vir.
--
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Grupo Boticário se posiciona após citação de franqueado em operação da Receita contra PCC
Retorno de Jimmy Kimmel pós-suspensão atrai três vezes mais telespectadores
EXCLUSIVO: ‘Outra proposta do BRB pelo Master provavelmente seria aprovada’, diz presidente do Cade
Da febre ao cansaço? Pop Mart comemora queda nos preços de revenda do Labubu
Setor moveleiro enfrenta nova instabilidade com tarifaço, alerta Abimóvel