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Lula defende democracia, combate à desigualdade e regulação digital em discurso no Chile

Publicado 21/07/2025 • 18:18 | Atualizado há 12 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O presidente Lula participou nesta segunda-feira (21), em Santiago, no Chile, de uma reunião de alto nível sobre defesa da democracia, organizada pelo presidente chileno, Gabriel Boric.
  • O presidente recordou o golpe de Estado ocorrido no Chile em 1973 e mencionou o papel do país como refúgio para perseguidos políticos durante as ditaduras militares na América Latina.
  • Lula destacou que os avanços democráticos conquistados na região foram resultado de lutas sociais e populares, mas que hoje enfrentam novos riscos.
Presidente Lula discursa em um evento no Chile.

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Presidente Lula discursa em um evento no Chile.

O presidente Lula participou nesta segunda-feira (21), em Santiago, no Chile, de uma reunião de alto nível sobre defesa da democracia, organizada pelo presidente chileno, Gabriel Boric. O evento reuniu lideranças políticas, movimentos sociais e representantes da sociedade civil latino-americana.

“Se você não quer envelhecer, encontre uma causa para viver. E a minha é a luta contra a desigualdade no nosso planeta Terra”, afirmou Lula, ao comentar sua trajetória política e pessoal.

O presidente recordou o golpe de Estado ocorrido no Chile em 1973 e mencionou o papel do país como refúgio para perseguidos políticos durante as ditaduras militares na América Latina. “Este país foi asilo contra a opressão. Aqui, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Marco Aurélio Garcia, Emir Sader e tantos outros brasileiros receberam abrigo”, disse.

Lula destacou que os avanços democráticos conquistados na região foram resultado de lutas sociais e populares, mas que hoje enfrentam novos riscos. “Recuperamos a liberdade nas ruas, lutando arduamente em tréguas. Hoje, essas conquistas estão novamente em cheque”, afirmou.

Ele apontou a desinformação como um dos principais desafios atuais. “A desinformação corrói a verdade. Os inimigos da democracia não recorrem mais a tanques. Eles controlam algoritmos, semeando ódio e espalhando medo”, disse.

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Desigualdade e papel do Estado

O presidente criticou os efeitos do neoliberalismo e da concentração de renda. “Em meio aos escombros do neoliberalismo, temos como legado uma massa de deserdados e excluídos, presas fáceis de aventureiros que negam a política”, declarou. Segundo ele, “1% das pessoas mais ricas do planeta controlam 45% da riqueza global”.

Lula defendeu a retomada do papel do Estado como instrumento para efetivar direitos e combater a pobreza. “Democracia não é só votar. É ter comida na mesa. É ter uma casa. Ver seus filhos na universidade e desfrutar de lazer e cultura”, afirmou. Ele também citou o Papa Francisco: “Não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça com desigualdade”.

Clima e redes sociais

Sobre a crise climática, Lula defendeu metas mais ambiciosas e reforçou a importância da COP30, que será realizada na Amazônia. “Sem metas ambiciosas, não impediremos que o aquecimento global supere 1,5 grau”, disse. Ele também mencionou o papel de comunidades tradicionais na preservação ambiental: “Debaixo de cada copa de árvore existe um indígena, um quilombola, um ribeirinho, um seringueiro e um extrativista que precisam sobreviver”.

Ao tratar das plataformas digitais, Lula defendeu uma regulação mais clara e rigorosa. “O que é crime na vida real deve ser crime no ambiente digital”, afirmou. “As redes digitais não são uma terra sem lei, em que é possível atentar impunemente contra a democracia, incitar o ódio e a violência.”

Lula concluiu o discurso com uma mensagem sobre esperança e engajamento social. “A história nos ensina que nenhum retrocesso se sustenta diante da mobilização popular”, disse. Ele também expressou otimismo em relação ao futuro: “Peço a Deus que me permita viver até os 120 anos. Porque a ciência diz que quem vai viver 120 anos já nasceu. Eu reivindico que seja eu.”

O presidente finalizou com uma saudação: “Viva a democracia. Viva o direito de viver em paz num mundo mais justo e soberano.”

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