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AstraZeneca anuncia investimento de US$ 50 bilhões nos EUA em meio à pressão de tarifas
Publicado 22/07/2025 • 10:18 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 22/07/2025 • 10:18 | Atualizado há 3 meses
A AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira (22) que pretende investir US$ 50 bilhões até 2030 para reforçar suas capacidades de fabricação e pesquisa nos Estados Unidos, tornando-se a mais recente farmacêutica a ampliar seus gastos no país em resposta às tarifas comerciais impostas pelo governo dos EUA.
A empresa anglo-sueca de biotecnologia, com sede em Cambridge, na Inglaterra, afirmou que o “pilar” do compromisso será a construção de uma nova instalação bilionária voltada à produção de medicamentos para controle de peso e condições metabólicas, incluindo sua pílula oral de GLP-1 para obesidade.
O novo complexo, que será instalado no estado da Virgínia, deve se tornar o maior investimento fabril individual da AstraZeneca no mundo. A companhia destacou que o local utilizará inteligência artificial, automação e análise de dados para otimizar a produção.
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O aporte também vai ampliar as atividades de pesquisa e desenvolvimento, além da produção de terapias celulares em estados como Maryland, Massachusetts, Califórnia, Indiana e Texas, com a expectativa de gerar “dezenas de milhares de empregos”, segundo a AstraZeneca.
O CEO Pascal Soriot afirmou que o investimento reforça a confiança da empresa na “inovação biomédica dos Estados Unidos” e apoia a meta de alcançar US$ 80 bilhões em receita anual até 2030, metade desse valor deve vir do mercado americano.
Conhecida por desenvolver uma das principais vacinas contra a Covid-19, a AstraZeneca já vinha priorizando os Estados Unidos. Em 2024, o país respondeu por mais de 40% da receita anual da companhia.
Em novembro, pouco depois da eleição presidencial americana, a empresa anunciou um investimento de US$ 3,5 bilhões no país. Neste mês, o jornal The Times informou que a AstraZeneca considera transferir sua listagem de Londres para os EUA — o que, segundo analistas, representaria um duro golpe para os mercados financeiros do Reino Unido.
A AstraZeneca é atualmente a empresa mais valiosa listada no índice FTSE 100, da Bolsa de Londres. A companhia não comentou a reportagem do Times.
O anúncio da AstraZeneca acompanha movimentos semelhantes de outras gigantes do setor, como Novartis, Sanofi, Roche, além das americanas Eli Lilly e Johnson & Johnson, que também se comprometeram, nos últimos meses, a aumentar os investimentos nos Estados Unidos diante das exigências do presidente Donald Trump para repatriar a produção farmacêutica.
A indústria aguarda mais clareza sobre as tarifas do setor impostas pelo governo Trump, com a conclusão de uma investigação da Seção 232 prevista para o fim deste mês. Também está em curso uma iniciativa para equilibrar os preços dos medicamentos nos EUA com os praticados em outros países.
No início deste mês, Trump sugeriu que o setor poderia enfrentar tarifas de até 200%, com um período de carência de 12 a 18 meses para que as empresas transfiram sua produção ao território americano. No entanto, muitas companhias e analistas consideram esse prazo insuficiente.
“Para a maioria dos medicamentos, o prazo típico é de três a quatro anos. Estamos nos esforçando ao máximo para acelerar esse processo e mostrar que estamos realizando os investimentos planejados”, afirmou o CEO da Novartis, Vas Narasimhan, em teleconferência de resultados na semana passada. Ele acrescentou esperar que o governo considere ajustes no cronograma.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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