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Como os boicotes canadenses estão afetando os EUA
Publicado 22/07/2025 • 11:18 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 22/07/2025 • 11:18 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Donald Trump em encontro com primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney
Mark Schiefelbein/Associated Press/Estadão Conteúdo
No meio do aumento das tensões comerciais e políticas, os consumidores canadenses estão cada vez mais deixando de lado produtos americanos.
Giancarlo Trimarchi, dono da rede de supermercados Vince’s Market, no Canadá, está vendo esse movimento acontecer de perto. “Os clientes querem o máximo de produtos canadenses possível e ficam incomodados quando encontram mercadorias dos EUA”, contou ele.
Para aumentar ainda mais o clima de confronto comercial, o presidente Donald Trump anunciou recentemente novas tarifas de 35% sobre produtos canadenses a partir de 1º de agosto.
“Parece que essas tarifas dos EUA vão durar pelo menos enquanto o governo Trump estiver no poder, de uma forma ou de outra. Isso mantém outros países com uma imagem negativa dos produtos e serviços americanos”, afirma Gary Hufbauer, pesquisador sênior do Peterson Institute for International Economics.
O movimento “Compre do Canadá” também ganhou força. Segundo a consultoria dunnhumby, 71% dos canadenses dizem que pretendem comprar menos produtos dos EUA este ano.
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Essa retração deve provocar queda nas exportações americanas para o Canadá, principalmente nos setores de alimentos e bebidas alcoólicas. Em 2024, o Canadá foi o segundo maior mercado para as exportações de alimentos dos EUA, movimentando US$ 28,4 bilhões (cerca de R$ 155 bilhões), conforme dados do Departamento de Agricultura dos EUA.
O turismo também está sentindo o baque, com turistas estrangeiros cancelando viagens aos Estados Unidos. A perda de receitas com visitantes internacionais deve custar à economia americana US$ 12,5 bilhões (aproximadamente R$ 68 bilhões) este ano, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo.
O sentimento de boicote não se limita ao Canadá. Consumidores europeus, insatisfeitos com a política externa dos EUA, também estão evitando produtos americanos. Uma pesquisa do Banco Central Europeu mostrou que 44% dos europeus estão deixando de comprar marcas dos Estados Unidos.
Isso ajudou a derrubar as vendas de empresas americanas, especialmente da Tesla, que registrou queda de quase 28% nas vendas na Europa, além de outros fatores.
Enquanto alguns torcem para que as tensões comerciais diminuam e tudo volte ao normal, pesquisas indicam que essa mudança de comportamento pode ter efeitos duradouros para as empresas americanas, mesmo depois que as tarifas forem suspensas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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