Publicado 07/12/2024 • 10:07
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O Itaú divulgou, em ata de assembleia geral publicada neste sábado (7), que o ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel, violou políticas internas e a legislação ao agir em “grave conflito de interesses e em benefício próprio” no relacionamento com um fornecedor de pareceres. A ata, assinada pelos diretores José Virgílio Neto e Álvaro Felipe Rizzi, destaca que a conduta do ex-diretor foi alvo de apurações internas que foram concluídas no dia 24 de novembro.
De acordo com a instituição, Broedel utilizou de forma irregular as prerrogativas do seu cargo e aprovou pagamentos ao fornecedor que totalizam R$ 10,4 milhões nos últimos quatro anos. O ex-diretor pediu demissão do Itaú em julho deste ano, após 12 anos na instituição, com a intenção de assumir um cargo no Santander, na Espanha.
Em resposta às acusações, Alexsandro Broedel classificou as alegações como infundadas e declarou que tomará medidas judiciais.
A nota diz que: “Broedel Lopes ainda atuou em grave conflito de interesses, transgredindo as regras internas e as leis aplicáveis, usando irregularmente as alçadas do seu cargo, e nos últimos cinco anos, aprovou contratações de pareceres e pagamentos no valor total de R$ 13.255.000,00 – sendo 10.455.000,00 entre 2022 e 2024-, para empresa ligada ao fornecedor do qual era sócio.”
“Foram apurados, ainda, fortes indícios de que o fornecedor redirecionava parte do recebível diretamente para contas de Alexsandro Broedel Lopes, em 23 transferências, realizadas no período de 2019 a 2024, no valor total de R$ 4.860.000,00, primordialmente para contas em outras instituições, usando empresa intermediária”.
A instituição reforçou ainda que “se trata de uma situação isolada e que não há prejuízo relevante à instituição, que está limitado aos valores acima”.
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