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FIEMG projeta perdas bilionárias com tarifas dos EUA
Publicado 23/07/2025 • 12:49 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 23/07/2025 • 12:49 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
A economia brasileira poderá perder até R$ 259 bilhões ao ano caso haja uma escalada nas retaliações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
“Tem empresa que exporta 100% para os Estados Unidos. Vai fazer o quê?”, afirmou Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, a dependência do mercado americano em setores industriais coloca em risco imediato a sobrevivência de parte das empresas.
Um estudo elaborado pela federação considera alguns cenários. No primeiro, sem retaliação por parte do Brasil, a perda seria de R$ 47 bilhões por ano, podendo alcançar R$ 175 bilhões após cinco anos. No cenário com retaliação, o impacto chegaria a R$ 259 bilhões anuais.
Minas Gerais também teria perdas significativas: mais de R$ 21 bilhões no PIB estadual e até 187 mil empregos extintos. Roscoe explica que muitas indústrias concentram a produção para atender exclusivamente ao mercado norte-americano, o que amplia a vulnerabilidade frente à nova política tarifária.
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Roscoe defendeu que o Brasil atue dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), aplicando mecanismos de defesa comercial para conter práticas como o dumping, especialmente por parte da China. Ele criticou a ausência de medidas de proteção ao mercado interno e ressaltou que o país está em desvantagem competitiva frente a países como a Argentina, que hoje exporta com alíquota zero para os EUA.
Segundo ele, linhas de crédito são paliativas e não resolvem a falta de mercado para escoar a produção. “A primeira coisa é garantir mercado. Sem isso, crédito não resolve”, afirmou.
Entre os setores analisados, o café não deve ser fortemente afetado, devido à escassez global do produto. Já a carne, por ter exigências sanitárias e maior complexidade logística, pode enfrentar dificuldades maiores para redirecionamento das exportações. Os produtos mais prejudicados serão os industrializados, especialmente aqueles com maior valor agregado.
Roscoe destacou ainda que o Brasil exporta para a China majoritariamente produtos primários, como minério, soja e carne, enquanto importa bens industrializados. Para ele, a política comercial precisa ser revista para favorecer a indústria nacional.
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