Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Fertilizante é quase um pré-requisito para o agro moderno, diz pesquisador do FGV
Publicado 23/07/2025 • 16:55 | Atualizado há 2 dias
Mark Zuckerberg anuncia ex-OpenAI como cientista-chefe do novo laboratório de IA da Meta
Empresas da Europa soam alarme com impacto de tarifas enquanto correm por acordo com os EUA
Trump diz acreditar que Powell está pronto para começar a cortar juros
Ela deixou seu emprego como farmacêutica na Walgreens para abrir uma empresa de café vietnamita — hoje, ela fatura mais de US$ 500 mil por ano
Investindo no Espaço: os meses decisivos da NASA
Publicado 23/07/2025 • 16:55 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
As sanções secundárias impostas pelos Estados Unidos à Rússia podem afetar diretamente a importação de fertilizantes pelo Brasil. O país importa cerca de um terço desses insumos da Rússia, principal fornecedor individual ao mercado brasileiro.
“Fertilizante é quase um pré-requisito para você conseguir realizar sua produção agropecuária de maneira moderna, de maneira competitiva”, afirmou Felippe Serigati, pesquisador do FGV Agro, em entrevista ao Money Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo Serigati, o Brasil é o maior importador mundial de fertilizantes por dois motivos principais: a grande demanda da produção agropecuária e a limitação da capacidade interna de suprir o próprio consumo. O pesquisador reforçou que a utilização de fertilizantes está diretamente ligada à segurança alimentar, ao permitir uma produção em escala competitiva.
Questionado sobre a possibilidade de substituir a Rússia como fornecedora, Serigati explicou que há alternativas, como Canadá, China e Israel, mas alertou para a alta demanda global. Ele citou o exemplo do Canadá, que aumentou sua participação nas exportações ao Brasil durante o início da guerra na Ucrânia, mas destacou que “o Canadá disse: ‘Eu tenho outro grande cliente aqui do lado’, referindo-se aos Estados Unidos”.
Apesar das sanções, o pesquisador ressaltou que o mercado tende a encontrar soluções, como ocorreu em 2022. “Encontraram meios”, disse, ao lembrar que países europeus seguiram comprando trigo da Rússia, mesmo diante do conflito com a Ucrânia. No entanto, ele fez um alerta: “Esses produtos chegaram mais caros”.
Leia mais:
Trump volta a pressionar Powell e diz que juros altos ‘prejudicam as famílias’
IOF, tarifa dos EUA e criptoativos devem transformar o setor de câmbio, diz executiva
Serigati afirmou que a safra atual (2025/2026) começou com custos de produção elevados, principalmente nos fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos. A ureia, por exemplo, foi impactada pela tensão entre Irã e Israel, o que elevou os preços. No caso dos fosfatados, o problema foi a demora da China em liberar seu excedente para exportação. Já o cloreto de potássio depende fortemente da Bielorrússia, parceira comercial da Rússia.
“Vamos imaginar aqui, quando for pensar nesse bloqueio secundário, é só a Rússia ou vai pegar parceiros da Rússia, por exemplo, a Bela-Rússia?”, questionou. As culturas que mais tendem a sentir os efeitos do aumento de preços são as de maior escala, como o milho. Já outras, como o café, têm conseguido absorver melhor os custos por conta dos preços elevados do grão no mercado internacional.
O pesquisador também comentou sobre os desafios de desenvolver a produção doméstica de fertilizantes. A Petrobras chegou a produzir ureia, mas o custo elevado do gás natural inviabilizou a continuidade da operação. “Essas plantas não eram exatamente lucrativas para a Petrobras”, afirmou.
Além disso, mesmo que o Brasil possua reservas minerais, muitas estão em áreas com restrições legais, como a Amazônia. “Fertilizante é uma comodidade mineral. Ou você tem embaixo de você, ou não tem”, disse.
Para Serigati, o crescimento do agronegócio brasileiro nas últimas décadas só foi possível porque o país pôde acessar o mercado internacional tanto para exportar sua produção quanto para importar tecnologia e insumos como os fertilizantes.
—
📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings