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Maior produtora de azeite do mundo alerta consumidores dos EUA sobre possível “duro golpe” com tarifas de Trump
Publicado 24/07/2025 • 20:36 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 24/07/2025 • 20:36 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Azeite deve ficar mais caro nos EUA.
Reprodução/Wikipedia
A Deoleo, maior produtora global de azeite de oliva, alerta que a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 30% nas importações vindas da União Europeia pode resultar em preços mais altos para quem compra azeite nos Estados Unidos — e até dificultar o acesso a esse alimento considerado essencial para a saúde.
Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre os países do bloco europeu a partir de 1º de agosto, o que representaria um salto considerável em relação ao imposto atual de 10%.
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A União Europeia já vem tentando fechar um acordo comercial com os EUA há algum tempo e, com o fim do prazo de Trump se aproximando, o bloco estuda quais medidas pode tomar, incluindo possíveis retaliações.
Ainda existe muita incerteza sobre a possibilidade de um acordo entre EUA e UE nos próximos dias. Um recente acerto comercial entre EUA e Japão animou o mercado, mas não há garantias de avanço.
À CNBC, a Deoleo disse que a razão para tal possibilidade reside no fato da produção nacional de azeite nos EUA ser bem limitada.
“Vale lembrar que cerca de 95% do azeite consumido nos EUA é importado, então essas medidas vão acabar afetando o consumidor final”, reforçou Cristóbal Valdés, CEO da Deoleo, em mensagem enviada à CNBC.
A empresa espanhola destacou que os Estados Unidos representam mais de um quarto de todo o seu faturamento, o que torna o mercado americano prioridade estratégica para a companhia.
Segundo a Associação de Produtores de Azeite dos EUA, cerca de 16 mil hectares (40 mil acres) de oliveiras são plantados exclusivamente para a produção de azeite dentro do território americano.
Para comparar, a União Europeia lidera a produção, o consumo e a exportação mundial de azeite, com aproximadamente 4 milhões de hectares (9,88 milhões de acres) de oliveiras espalhadas pelo continente.
A maior parte do azeite consumido no mundo vem da região do Mediterrâneo, sendo que países do sul da Europa como Espanha, Itália e Grécia estão entre os maiores produtores desse produto valioso.
A Espanha, em especial, é a maior produtora de azeite da União Europeia e serve de referência global em termos de preço.
Para se preparar para um possível aumento das tarifas, o CEO da Deoleo, Valdés, contou que a empresa pretende investir mais em comunicação, marketing e relacionamento com os consumidores, para garantir que o azeite continue fazendo parte do dia a dia das pessoas.
“Além do diálogo institucional, estamos reforçando nossa presença nos EUA com campanhas para mostrar os benefícios do azeite e renovando nosso compromisso com as marcas — especialmente a Bertolli, que hoje é sinônimo de confiança e qualidade para os americanos”, explicou Valdés.
O presidente da Deoleo também afirmou que a empresa vai continuar avaliando todas as opções estratégicas, ao mesmo tempo em que trabalha para melhorar a logística e a cadeia de suprimentos, de olho em diferentes cenários do mercado.
“Mas, acima de decisões táticas, nossa prioridade é proteger o acesso dos americanos a um alimento essencial para a saúde. O acesso ao azeite não deveria ser dificultado — pelo contrário, deveria ser estimulado”, afirmou Valdés.
Desde que as tarifas dos EUA sobre produtos europeus começaram a valer no início de abril, analistas da Expana — empresa especializada em dados de commodities — já alertavam que uma redução nas importações americanas de azeite poderia trazer “consequências sérias” para o mercado global.
Segundo especialistas ouvidos pela empresa, uma mudança desse tipo poderia gerar excesso de oferta na União Europeia, pressionando ainda mais os preços para baixo e acirrando a competição entre os produtores.
Não são só os exportadores de azeite que estão apreensivos com as novas ameaças tarifárias de Trump. Produtores de uísque irlandês, queijos italianos e vinhos franceses também já se manifestaram preocupados com os possíveis impactos das medidas.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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