Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Índia espera tarifas “preferenciais” em acordo com os EUA, diz ministro do Comércio
Publicado 25/07/2025 • 09:09 | Atualizado há 3 meses
Eleitores expressam frustração com desempenho de Trump na economia, aponta pesquisa NBC News
Samsung constrói unidade com 50 mil GPUs da Nvidia para automatizar fabricação de chips
Acordo Trump-Xi é um passo importante, mas ainda não resolve a falta de chips para o setor automotivo
Microsoft supera projeções e cresce 18% com impulso da nuvem e da IA
Valor de mercado: Nvidia vale 25 Disneys, 50 Nikes e mais de 3 mil JetBlues
Publicado 25/07/2025 • 09:09 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
SAUL LOEB / AFP via Getty Images
Imagem de arquivo. Trump e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi
A Índia negocia com os Estados Unidos um acordo comercial com tarifas “preferenciais”, mais vantajosas do que aquelas aplicadas a concorrentes como Japão e Vietnã, segundo o ministro do Comércio e Indústria indiano, Piyush Goyal.
“Vamos obter tarifas melhores porque fomos um dos primeiros a iniciar essas negociações, e o engajamento entre os dois países tem sido muito relevante”, afirmou Goyal em entrevista à CNBC nesta quinta-feira (24), destacando que o objetivo é alcançar US$ 500 bilhões em comércio bilateral até 2030.
A declaração acontece em meio à reta final das conversas com Washington, que precisam ser concluídas até 1º de agosto, quando entram em vigor tarifas americanas de 26% sobre produtos indianos.
“Estados Unidos e Índia compartilham uma relação muito especial. Estou confiante de que chegaremos a um acordo robusto e equilibrado”, disse o ministro, mencionando sua proximidade com o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, que lidera a equipe de negociação dos EUA.
O otimismo do governo indiano é compartilhado pelo setor privado. Para Keshav Murugesh, presidente do Fórum Empresarial do Reino Unido da Confederação da Indústria Indiana, a Índia negocia com firmeza e sem concessões automáticas. “As conversas são baseadas em mérito. A Índia não será um país submisso”, disse.
Murugesh observou ainda que os EUA têm forte interesse no acordo. “Trump e sua equipe sabem que a Índia é o futuro.”
Segundo Goyal, o acordo com os EUA faz parte de uma mudança estratégica da Índia, que agora prioriza acordos com nações desenvolvidas que complementam sua trajetória de crescimento. Ele citou como exemplo o recuo da Índia no RCEP, bloco liderado pela China, que “representava algo semelhante a um acordo de livre comércio com Pequim”.
A fala ocorreu no mesmo dia em que o país assinou formalmente seu acordo com o Reino Unido, que prevê isenção tarifária para 99% dos produtos indianos exportados e corte gradual de tarifas britânicas em setores como bebidas alcoólicas e automóveis.
Mesmo confiante, Goyal reconheceu que a agricultura é um tema delicado nas negociações com os EUA. Ele evitou comentar detalhes, mas ressaltou que o governo de Narendra Modi não abrirá mão da proteção a agricultores e pequenas empresas.
“Somos sempre muito sensíveis aos interesses dos nossos produtores e empresas locais. E nossos parceiros americanos entendem isso”, disse Goyal.
A posição da Índia em relação ao setor agrícola é estratégica, já que mais da metade da população ativa do país depende diretamente da atividade rural, que também possui forte influência política.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
1
SÉRIE EXCLUSIVA 3 — O escândalo Ambipar: quem é Tércio Borlenghi. O empresário e CEO por trás da crise já foi condenado por corrupção
2
Decisão contra 99Food reacende debate sobre concorrência do delivery; iFood já respondeu por abuso em contratos
3
Brasil é o segundo maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo em 2025
4
Crise do chip automotivo Nexperia atinge Europa, EUA e China e ameaça a indústria brasileira
5
A cultura sem coragem: quando os vínculos valem mais que a verdade