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Lula volta a escalar tensão: “Nós vamos regulamentar as big techs”
Publicado 25/07/2025 • 13:01 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 25/07/2025 • 13:01 | Atualizado há 2 meses
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Durante evento em Osasco (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comentar sobre a tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos. “Vamos regular as bigtechs. Eles precisam respeitar as leis brasileiras”, disse.
“O dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir, para tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram. E você vai saber a verdade sobre o Brasil. E quando você souber da verdade você vai falar: ‘Lula, eu não vou mais taxar o Brasil, vamos ficar assim do jeito que está’. É isso. Mas é preciso conversar”, acrescentou o presidente, fazendo referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Lula que explicaria pessoalmente ao ex-presidente norte-americano Donald Trump a situação judicial de Jair Bolsonaro, caso tivesse sido procurado. “Se Trump tivesse ligado para mim, eu explicaria. Ele não está sendo perseguido, está sendo julgado”, declarou.
Lula lembrou que Bolsonaro tentou impedir sua posse e a do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Com todo o direito de defesa, ele tentou dar um golpe neste país. Não queria que eu e o Alckmin tomássemos posse e chegou a montar uma equipe para matar o Lula, o Alckmin e o presidente do Tribunal Eleitoral, Alexandre de Moraes. Isso já está comprovado por delações deles mesmos”, afirmou.
O presidente ainda fez um paralelo com os ataques ao Capitólio, nos Estados Unidos, em 2021, sugerindo que Bolsonaro teria o mesmo destino jurídico se as ações tivessem ocorrido em solo americano. “Se o presidente Trump morasse no Brasil e tivesse feito aqui o que fez lá, ele também estaria sendo julgado. Simples assim. Porque neste país, quem manda é o povo brasileiro”, destacou.
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Lula reiterou que espera que a Justiça brasileira atue com imparcialidade. “Se o Bolsonaro for inocente, ele vai ser livre. Agora, o que eu acho é que ele precisa ter um pouco de respeito”, afirmou, lembrando o período em que esteve preso. “Me colocaram 580 dias na cadeia. Tinha gente que queria que eu fugisse do Brasil, que fosse para uma embaixada. Eu me recusei. Fui para o Paraná porque queria desmentir o Moro e meus acusadores do Ministério Público.”
O presidente também relembrou a proposta de cumprir pena domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, que recusou. “Eu disse para eles: ‘Eu não troco a minha dignidade pela minha liberdade’. Não vou colocar tornozeleira porque não sou pombo-correio. E minha casa não é cadeia. Estou aqui de cabeça erguida, presidente da República pela terceira vez”, declarou.
Lula destacou ainda o papel de Geraldo Alckmin nas relações diplomáticas com os Estados Unidos. Além de vice-presidente, Alckmin é ministro da Indústria, Comércio e Serviços e tem atuado como interlocutor direto com o governo norte-americano. “Ele e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, são meus negociadores com os EUA. Criamos um comitê com o Rui Costa, o ministro da Agricultura, Fernando Haddad e outros. Já fizemos 10 reuniões com representantes dos Estados Unidos.”
Lula fez duras críticas a parlamentares que, segundo ele, estariam buscando apoio internacional em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem classificou como alguém que “traiu a nação”. “O Brasil é um país que não tem contencioso com nenhum país do mundo”, disse.
Durante a declaração, Lula ironizou a postura de um deputado federal que, segundo ele, teria deixado o país para tentar interceder junto a autoridades estrangeiras em favor do pai. “Para poder libertar o pai, ou seja, trocando o Brasil pelo pai. Que patriota é esse? Isso é pior do que Silvério dos Reis. Porque Silvério traiu Tiradentes, mas esse cara está traindo a nação, está traindo o povo brasileiro”, afirmou.
Lula também cobrou uma resposta institucional do Congresso Nacional. “Vocês, na Câmara, têm que tomar uma atitude. Esse cara é deputado”, afirmou, dirigindo-se aos parlamentares presentes. Em tom indignado, o presidente lamentou que ainda haja políticos que, segundo ele, carecem de caráter. “É uma pena que ainda existam pessoas sem um pingo de vergonha na cara. E pior: tem senador e deputado que esses dias levantaram faixa elogiando o presidente americano.”
O chefe do Executivo reforçou que o Brasil sempre manteve relações diplomáticas respeitosas com os Estados Unidos, mesmo em momentos de divergência. “O Brasil tem 201 anos de relações com os EUA, uma relação muito respeitosa. Sempre prezei pela qualidade dessa relação.”
Por fim, Lula afirmou ter estranhado a divulgação de uma carta por parte do governo norte-americano, na qual, segundo ele, foi mencionado um possível aumento de tarifas e um apelo para que cessassem investigações contra Bolsonaro. “Fiquei surpreso que o presidente americano tenha postado uma carta pedindo que o Brasil pare de perseguir Bolsonaro, sob ameaça de nos taxar em 50%.”
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