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Trump e chefe da UE se reúnem no domingo para tentar fechar acordo comercial
Publicado 25/07/2025 • 19:52 | Atualizado há 22 horas
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Publicado 25/07/2025 • 19:52 | Atualizado há 22 horas
KEY POINTS
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Reprodução
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram nesta sexta-feira (25) que vão se encontrar na Escócia neste fim de semana, em uma tentativa decisiva de resolver o impasse comercial entre os dois lados do Atlântico, que já dura meses.
Na intenção de reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos, Trump prometeu impor tarifas punitivas a dezenas de países caso não fechem um acordo com Washington até 1º de agosto.
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A União Europeia — que pode ser atingida por uma tarifa geral de 30% — tem feito pressão para chegar a um acordo com o governo Trump, mas também prepara medidas de retaliação caso as negociações fracassem.
Von der Leyen foi a primeira a anunciar o encontro, publicando no X: “Depois de uma boa conversa com o presidente dos EUA, concordamos em nos encontrar na Escócia no domingo para discutir as relações comerciais transatlânticas e como podemos mantê-las fortes.”
Ao desembarcar no Reino Unido na noite de sexta-feira (25), Trump confirmou que vai se reunir com a chefe da Comissão Europeia, que negocia em nome dos 27 países do bloco.
“Vou me encontrar com a UE no domingo, e vamos trabalhar para fechar um acordo”, disse Trump a jornalistas ao chegar no Aeroporto de Prestwick, perto de Glasgow.
“A Ursula vai estar aqui — uma mulher muito respeitada. Então estamos ansiosos por esse encontro”, afirmou Trump.
“Vamos ver se conseguimos um acordo”, acrescentou o presidente, que voltou a dizer que a chance de acerto é “50-50”, já que ainda existem “talvez uns 20 pontos” de divergência.
“Mas estamos nos reunindo… com a União Europeia. E esse seria, na verdade, o maior acordo de todos, se acontecer”, afirmou.
O encontro de alto nível acontece após meses de negociações entre autoridades comerciais dos Estados Unidos e da União Europeia, além de sinais nos últimos dias indicando avanços em direção a um acordo.
De acordo com vários diplomatas europeus, o acordo em análise prevê uma tarifa básica de 15% sobre produtos europeus exportados para os EUA — o mesmo nível alcançado pelo Japão nesta semana — com possíveis exceções para setores estratégicos.
A porta-voz de Von der Leyen, Paula Pinho, afirmou que “negociações intensas” vêm acontecendo em nível técnico e político na preparação para a reunião de domingo.
“Agora, os líderes vão avaliar o cenário e considerar possibilidades para um resultado equilibrado, que dê estabilidade e previsibilidade para empresas e consumidores dos dois lados do Atlântico”, disse ela.
Alvo de várias rodadas de tarifas desde que Trump voltou à Casa Branca, a União Europeia atualmente enfrenta uma taxa de 25% sobre carros, 50% sobre aço e alumínio, além de uma tarifa geral de 10%, que os EUA ameaçam aumentar para 30% caso não haja acordo.
A UE quer evitar tarifas pesadas que prejudiquem ainda mais a economia europeia — que já anda devagar — e afetem um fluxo comercial que movimenta, todo ano, 1,6 trilhão de euros (R$ 9,4 trilhões) em bens e serviços.
Os países do bloco deram mandato para a Comissão Europeia buscar um acordo e evitar tarifas pesadas dos EUA, mantendo a retaliação como último recurso caso as conversas fracassem.
Para manter a pressão na reta final das negociações, os membros do bloco aprovaram na quinta-feira (24) um pacote de retaliação sobre US$ 109 bilhões (R$ 592 bilhões) em produtos americanos, incluindo aviões e carros — medidas que começariam a ser aplicadas a partir de 7 de agosto, se não houver acordo.
A maioria dos países prefere um acordo a ficar sem nenhum — mesmo que isso implique tarifas de 15% — mas isenções são consideradas fundamentais, especialmente para setores como aviação, aço, madeira, produtos farmacêuticos e agrícolas, segundo diplomatas.
No caso do aço, diplomatas dizem que um possível meio-termo seria permitir que uma determinada quantidade entre nos EUA sem taxa extra, e tudo que passar desse limite pagaria 50% de imposto.
Desde que iniciou essa política de tarifas, o governo Trump fechou apenas cinco acordos até agora, incluindo com Reino Unido, Japão e Filipinas.
Apesar de crescer a expectativa de um entendimento, a proximidade do prazo de 1º de agosto traz um certo déjà-vu: no começo do mês, autoridades europeias também achavam que estavam prestes a fechar acordo, até que Trump aumentou a ameaça de tarifa para 30%.
“A decisão final está nas mãos do presidente Trump”, ressaltou um diplomata europeu nesta semana.
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