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“Impacto pode chegar a 78% nas exportações de cerâmica”, diz presidente da Anfacer sobre tarifas
Publicado 28/07/2025 • 11:56 | Atualizado há 4 dias
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Publicado 28/07/2025 • 11:56 | Atualizado há 4 dias
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O setor brasileiro de revestimentos cerâmicos projeta uma forte retração nas exportações em decorrência da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A medida, que pode entrar em vigor já nesta sexta-feira (1º), é vista com preocupação por empresários do setor, que mobilizam entidades e governos para tentar mitigar os efeitos da política comercial norte-americana.
“Nós vamos ter esse impacto, dentro do ano de 2025, representando uma queda de 40%. Mas, anualizado, esse efeito chega a 78%”, afirmou Sérgio Wuaden, presidente do Conselho de Administração da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicas para Revestimentos).
Em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Wuaden detalhou os impactos estimados. Segundo ele, no segundo semestre de 2025 a redução será de cerca de 6 milhões de metros quadrados em volume exportado. Caso a tarifa se mantenha, o setor pode deixar de exportar 12 milhões de metros quadrados em um ano completo.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de cerâmica brasileira. O tipo de produto mais demandado é composto por peças de menor dimensão, o que, de acordo com Wuaden, dificulta a adaptação para outros mercados. “Não existem mercados alternativos com a mesma relevância em volume e especificidade”, disse.
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O setor cerâmico está em diálogo com o governo federal e governos estaduais. A intenção é viabilizar linhas de crédito emergenciais para os fabricantes. Wuaden explicou que a Anfacer está conduzindo tratativas para que os estados onde as fábricas estão localizadas ofereçam apoio financeiro. “Estamos procurando maneiras de sensibilizar o estado onde os fabricantes estão instalados para oferecer alguma forma de compensação”, afirmou.
Indagado sobre a possibilidade de reversão da medida por parte dos Estados Unidos, Wuaden foi cauteloso. Disse que ainda há esforço por parte da entidade para que haja, no mínimo, uma postergação. No entanto, reconheceu que essa possibilidade perdeu força nos últimos dias. “Temos trabalhado cada vez mais com a alternativa de que isso não vai ocorrer nesse momento.”
O presidente da Anfacer considera que a medida norte-americana tem motivação política e não econômica. Segundo ele, os Estados Unidos mantêm superávit com o Brasil tanto na balança comercial quanto na balança de pagamentos. “Claramente o que resta é um viés político, uma aposta numa tentativa de demonstrar forças”, disse.
Wuaden comparou o caso brasileiro ao da China, que conseguiu postergar tarifas semelhantes. Para ele, o Brasil não conseguiu estabelecer um canal efetivo de negociação. “Outros países que encaminharam negociações acabam tendo resultados melhores do que aqueles que medem forças.”
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