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CNBC Acordo comercial entre EUA e UE pode ter um vencedor inesperado: o Reino Unido

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China e EUA encerram primeiro dia de negociações comerciais

Publicado 28/07/2025 • 18:31 | Atualizado há 20 horas

AFP

KEY POINTS

  • Autoridades chinesas e americanas concluíram nesta segunda-feira (28) o primeiro dia de uma nova rodada de negociações em Estocolmo, com tentativas de estender a trégua na guerra comercial global iniciada pelo presidente americano, Donald Trump.
  • As conversas aconteceram um dia depois de Trump fechar um acordo com a União Europeia, que fará com que as exportações do bloco para os Estados Unidos sejam taxadas em 15% (cerca de R$ 0,84 para cada real exportado).
  • O jornal South China Morning Post, citando fontes dos dois lados, informou no domingo (27) que Washington e Pequim devem prolongar a suspensão das tarifas por mais 90 dias.
Estados Unidos e China entraram em uma guerra comercial sem precedentes que afeta o mercado global.

China e EUA vem negociando desde o início da guerra comercial

Times Brasil/Imagem gerada por IA

Autoridades chinesas e americanas concluíram nesta segunda-feira (28) o primeiro dia de uma nova rodada de negociações em Estocolmo, com tentativas de estender a trégua na guerra comercial global iniciada pelo presidente americano, Donald Trump.

As conversas aconteceram um dia depois de Trump fechar um acordo com a União Europeia, que fará com que as exportações do bloco para os Estados Unidos sejam taxadas em 15% (cerca de R$ 0,84 para cada real exportado).

Desenvolvimento das negociações e contexto da trégua

As negociações na Suécia terminaram pouco antes das 20h (15h no horário de Brasília), sem que nenhum dos lados revelasse detalhes sobre o andamento das conversas. Um porta-voz do Departamento do Tesouro dos EUA disse, porém, que as discussões devem continuar nesta terça-feira (29).

No início deste ano, EUA e China aplicaram tarifas superiores a 100% um ao outro numa escalada de retaliações, mas recuaram ao firmar um acordo temporário em maio.

Essa trégua, que tem validade de 90 dias, termina em 12 de agosto, mas há sinais de que as conversas em Estocolmo podem servir para estender esse prazo.

O jornal South China Morning Post, citando fontes dos dois lados, informou no domingo (27) que Washington e Pequim devem prolongar a suspensão das tarifas por mais 90 dias.

Pelo acordo atual, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses foram reduzidas temporariamente para 30% (aproximadamente R$ 1,68 para cada real importado), enquanto as medidas de retaliação da China caíram para 10% (cerca de R$ 0,56 por real).

Outros países, porém, têm até a próxima sexta-feira (1º) para fechar acordo com Washington, ou vão ver as tarifas dos EUA subirem ainda mais contra eles.

Posição e expectativas chinesas para as negociações

Antes do encontro em Estocolmo, Pequim afirmou que espera “reciprocidade” em suas relações comerciais com os EUA.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, disse que o governo chinês prefere buscar “consenso através do diálogo” para “evitar mal-entendidos, fortalecer a cooperação e promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações China-EUA”.

As equipes de negociação em Estocolmo são lideradas pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e pelo vice-premiê chinês, He Lifeng, na Suécia.

As reuniões acontecem no prédio Rosenbad, sede do governo sueco. As bandeiras da China e dos EUA foram hasteadas em frente ao local para marcar as negociações.

Nova postura dos EUA chama atenção

A rodada anterior de conversas entre China e EUA aconteceu em Londres.

“Parece que houve uma mudança considerável na forma como o governo americano enxerga a China desde as negociações em Londres”, afirmou Emily Benson, chefe de estratégia da Minerva Technology Futures.

“Agora, o foco está muito mais em buscar resultados concretos, melhorar o clima entre os países e evitar situações que possam aumentar as tensões”, disse ela à AFP.

Apesar de ainda não terem fechado um acordo, Benson acredita que houve avanços, como a retomada de exportações de terras raras e semicondutores entre os dois países.

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“O secretário Bessent também sinalizou que um dos resultados esperados é o adiamento da suspensão das tarifas por mais 90 dias”, comentou. “Isso é animador, pois mostra que pode haver algo mais consistente vindo por aí”.

Para Sean Stein, presidente do Conselho Empresarial EUA-China, o mais importante de Estocolmo “é o clima que sai dessas conversas”.

“O setor empresarial está otimista de que os dois presidentes se encontrem ainda este ano, de preferência em Pequim”, afirmou ele à AFP.

Impactos das tarifas e reações internacionais

Outros países afetados pelas tarifas de Trump estão acompanhando de perto as negociações dos EUA com a China e a União Europeia para tentar entender quais alternativas podem adotar.

Trump fixou uma tarifa base de 10% (cerca de R$ 0,56 por real) para a maioria dos países, mas prometeu aumentar essa taxa a partir de 1º de agosto para alguns países, caso não fechem acordo.

Ele já ameaçou subir as tarifas para até 50% em parceiros como Brasil e Índia.

Segundo dados do centro de pesquisa The Budget Lab, da Universidade de Yale, as tarifas impostas por Trump já elevaram as taxas de importação americanas para níveis que não eram vistos desde os anos 1930.

Até agora, Trump anunciou acordos com União Europeia, Reino Unido, Vietnã, Japão, Indonésia e Filipinas, embora quase não haja detalhes sobre esses pactos.

A União Europeia revelou seu acordo com Washington no domingo, enquanto a Coreia do Sul corre para fechar o seu.

Desde abril, quando Washington prometeu uma série de acordos ao anunciar — e logo adiar — aumentos de tarifas para dezenas de países, os avanços têm sido irregulares.

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