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Economista avalia impactos de nova tarifa proposta por Trump sobre o Brasil
Publicado 29/07/2025 • 13:49 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 29/07/2025 • 13:49 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a proposta de tarifas de 15% a 20% para países que não têm acordo comercial com os EUA. A medida, segundo ele, deve atingir o que chamou de “o resto do mundo”.
Para o economista Ricardo Balistiero, doutor e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), a fala é parte de uma estratégia política ligada às eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. “Em 15 meses há as eleições de meio de mandato e há uma forte possibilidade de mudança política. Ele vai utilizar sua maneira particular de radicalizar”, afirmou.
Ainda para Balistiero, a posição de Trump indica um padrão de comportamento já conhecido: ao concluir negociações, o presidente costuma apresentar os acordos como vitórias unilaterais, mesmo quando os resultados são contestáveis. “Toda vez que uma negociação é feita, a primeira coisa que o Trump faz é cantar vitória, mesmo que seja uma negociação questionável, como a que ele fez com o Japão”, declarou.
A entrevista também abordou a possibilidade de isenções específicas para alguns produtos brasileiros. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que produtos não produzidos localmente, como café, manga e abacaxi, podem ser tarifados em zero.
Ricardo Balistiero reconhece que pode haver exceções, mas destaca que isso não elimina o uso do Brasil como instrumento estratégico nos acordos comerciais dos EUA. “Você sugere uma hipótese forte de que o Brasil seja usado como parte de uma estratégia de negociação. Parece que isso é muito claro”, disse.
Ele mencionou ainda que os Estados Unidos são superavitários com o Brasil, o que torna a aplicação de tarifas um movimento difícil de compreender economicamente. No entanto, observa que internamente, há setores nos EUA que podem pressionar por esse tipo de tarifação.
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O economista lembrou que os EUA foram, historicamente, defensores do multilateralismo no pós-Segunda Guerra Mundial. Segundo ele, a proposta de tarifas unilaterais rompe com essa tradição e enfraquece as instituições internacionais.
Balistiero destacou que o presidente norte-americano não tem poder absoluto para impor tarifas e que muitas das medidas anunciadas podem ser revertidas. “Uma boa parte dessas tarifas pode ser derrubada nos próximos meses”, disse.
Sobre o papel do Brasil nas negociações, ele argumenta que o país precisa de um governo ativo na defesa dos interesses comerciais. “O Brasil está precisando de um presidente público para defender o país”, afirmou.
O economista declarou que os Estados Unidos podem estar mais isolados do que o Brasil no atual cenário internacional. “Quem está isolado, principalmente, são os Estados Unidos. O Brasil tem apoio, tem alianças. O Brasil não está isolado.”
Ele ainda mencionou que a China é hoje um parceiro central do Brasil, e que isso pode reforçar a posição do país em negociações multilaterais.
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