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Brasil tenta reverter tarifa de 50% dos EUA sobre café
Publicado 31/07/2025 • 13:25 | Atualizado há 1 dia
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Publicado 31/07/2025 • 13:25 | Atualizado há 1 dia
KEY POINTS
A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro reacendeu preocupações no setor exportador. O produto ficou fora da lista de mais de 700 categorias isentas do novo tarifário, anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Em entrevista ao Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, afirmou que as negociações continuam. “Ela [a taxação] não está definitiva em 50%. Ela não foi beneficiada no momento, mas a negociação não se esgotou”, disse.
Atualmente, o café brasileiro representa entre 33% e 35% do consumo nos Estados Unidos. Segundo Ferreira, outras origens também enfrentam tarifas: 20% do Vietnã, entre 16% e 19% da Indonésia e 10% da Colômbia.
Ele explicou que havia expectativa de isenção para o café, especialmente após declarações do executivo Howard Lutnick, que classificou o produto como um “big deal” para os Estados Unidos. Ferreira explicou: “Antes de uma isenção, ele veria, no caso do café, por exemplo, um big deal. Isso significa que o produto é estratégico para eles.”
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O Cecafé aposta em articulação com o setor privado americano e outras entidades para buscar uma equiparação tarifária entre países produtores. Ferreira mencionou que uma isenção isolada para o Brasil, como ocorreu com o suco de laranja, poderia gerar desequilíbrios com outros fornecedores. “Se você atribui para o Brasil 0 de tarifa, mas tarifa Colômbia e outros com 20% a 26%, você não favorece com equidade”, afirmou.
Ele afirmou que o setor continua negociando e mantém diálogo com a ANC (Associação Nacional do Café dos EUA). “O jogo continua, a gente está trabalhando e espera uma solução mais palatável do que a que está na mesa”, declarou.
A imposição da tarifa de 50% deve afetar o custo para os importadores norte-americanos e impactar o preço ao consumidor final. Ferreira apontou que o mercado reagiu imediatamente. “Hoje, por exemplo, anunciaram as tarifas na Bolsa de Nova York e deu uma pancada para cima”, disse.
Apesar da pressão no curto prazo, o presidente do Cecafé acredita que o Brasil mantém posição estratégica no fornecimento global. “Não existe como substituir o café brasileiro, uma vez que a produção mundial não tem excedente”, afirmou.
O setor busca diversificar mercados e ampliar a presença na Europa e na Ásia. Ferreira reforçou que o consumo global está em crescimento e que os Estados Unidos podem ser os principais impactados se reduzirem a presença brasileira no fornecimento. “O país que aplica uma tarifa não alinhada com os demais tem mais a perder.”
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