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Em nova reviravolta, com improviso, Trump anuncia tarifas antes do prazo final; entenda
Publicado 01/08/2025 • 07:52 | Atualizado há 24 horas
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Publicado 01/08/2025 • 07:52 | Atualizado há 24 horas
KEY POINTS
O presidente dos EUA, Donald Trump, aponta enquanto fala após assinar uma ordem executiva reiniciando o Teste de Aptidão Física Presidencial em escolas públicas na Sala Roosevelt da Casa Branca em Washington, DC, em 31 de julho de 2025.
Jim Watson/AFP
Mais um dia, mais um prazo — e mais uma reviravolta comercial vinda do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciada quase à meia-noite.
Com o mundo em compasso de espera para o início das novas tarifas nesta quinta-feira, 1º de agosto, Trump divulgou de última hora uma série de medidas:
Para quem acompanha, não é novidade. Em abril, Trump já havia surpreendido os mercados com um aumento generalizado de 10%, seguido por pausa e depois por uma retomada parcial. O reinício em 9 de julho foi adiado na última hora — e postergado para agora, 1º de agosto.
Empresas correram. Líderes ligaram para Washington. Advogados especializados em comércio trabalharam horas extras. E o elemento surpresa se manteve.
Mais do que decisões erráticas, os anúncios de última hora fazem parte do estilo Trump: uma mistura de espetáculo, pressão e crença no poder da imprevisibilidade.
Os anúncios chegam pelas redes sociais. Os prazos mudam. A tensão aumenta. E, quando tudo parece definido, vem mais uma cartada.
“Trump reescreveu fundamentalmente as regras do comércio global”, disse Stephen Olson, ex-negociador dos EUA e pesquisador do Instituto ISEAS, à CNBC. Para ele, ao abandonar o sistema de livre comércio que ajudou a construir, os EUA abalam a sustentação da ordem global.
“Não ache que isso acabou. Trump vê isso como um reality show contínuo. Mais ‘acordos’ ou novas tarifas virão. Ainda não voltamos à ‘lei da selva’, mas demos grandes passos nessa direção”, completou.
A lógica é a do “Art of the Deal”, versão geopolítica. E, embora caótica, a tática já rendeu resultados — ao menos sob os critérios de Trump.
O novo acordo com México e Canadá (USMCA) só saiu após meses de ameaças, telefonemas noturnos e negociações tensas. O acordo veio com exigências mais duras em conteúdo automotivo, trabalho e comércio digital.
Poucos dias antes de aplicar as tarifas chamadas de “Dia da Libertação”, Trump também anunciou um acordo com o Reino Unido, dizendo ser um “dia muito grande e empolgante”.
A mensagem é direta: negocie rápido ou pague caro.
O anúncio desta semana segue o mesmo padrão. Tailândia e Malásia tiveram tarifas alteradas no apagar das luzes. O Canadá foi mais penalizado. A Suíça, mesmo sem atritos bilaterais, levou uma tarifa de 39%.
A penalização de 40% sobre produtos triangulados chama atenção, especialmente em meio às negociações em andamento com a China.
Mas esse tipo de diplomacia via choque tem custo. Mercados globais estão instáveis. CEOs de setores como automóveis e semicondutores já incorporam incerteza às projeções. Investidores rejeitam surpresas. E cadeias de suprimento não mudam de um dia para o outro.
Fica a dúvida: uma economia global pode funcionar se um dos principais atores muda as regras durante a madrugada?
Empresas e governos já tratam os anúncios noturnos de Trump como um fator autônomo. Não importa só o que ele diz — importa quando ele diz.
“As tarifas mais altas sobre países que ainda não fecharam acordo com Trump são, em sua maioria, tática de intimidação. Espero que muitas sejam reduzidas após negociações. Os prazos de Trump são bastante flexíveis”, disse Holger Schmieding, economista-chefe do banco Berenberg, à CNBC.
E assim seguimos. Novo prazo, novo anúncio de última hora. Países, empresas e investidores mais uma vez correndo contra o relógio, com pouca clareza — e quase nenhum aviso prévio.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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