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“Estamos numa luta que vai seguir setor por setor, para ver se a gente exclui mais alguns itens”, diz presidente da Apex
Publicado 06/08/2025 • 14:01 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 06/08/2025 • 14:01 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) está expandindo sua atuação internacional com foco na defesa dos interesses comerciais do Brasil.
Em coletiva nesta terça-feira (6) em Brasília, o presidente da entidade, Jorge Viana, afirmou que está em processo de criação de uma nova base em Washington (EUA), em parceria com a Câmara do Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).
“A gente está criando uma presença nossa em Washington”, declarou Viana, destacando que essa estrutura deve reforçar a atuação institucional da agência em solo americano. A Apex já mantém três escritórios nos Estados Unidos: Miami, São Francisco e Nova York.
Viana explicou que a presença na capital americana é estratégica devido à institucionalização da defesa de interesses no país. Segundo ele, ao contrário de outras capitais, Washington permite formalmente que países atuem em defesa de seus setores produtivos, comerciais e industriais. “O mundo inteiro está lá defendendo seus interesses”, relatou.
A iniciativa da Apex ocorre em meio a uma disputa comercial provocada pela imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, aplicada por meio de uma ordem executiva do governo dos Estados Unidos. O presidente da agência classificou a situação como uma “guerra tarifária”, com impactos sobre cerca de 9 mil empresas exportadoras brasileiras.
Viana informou que 694 itens brasileiros foram retirados da nova taxação, o que representa US$ 17,9 bilhões em exportações, cerca de 44,6% do total vendido pelo Brasil ao mercado americano. Ainda assim, há produtos que seguem sob a tarifa, e a Apex pretende atuar setor por setor para negociar a retirada de mais itens.
“Estamos numa luta que vai seguir setor por setor, para ver se a gente exclui mais alguns itens”, afirmou. Ele mencionou que, embora alguns produtos já tivessem tarifas elevadas anteriormente, o impacto atual exige articulação direta com empresas americanas parceiras.
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Entre os produtos afetados, o café verde brasileiro ocupa posição de destaque. Os Estados Unidos importam 24 milhões de sacas anuais, das quais 8 milhões vêm do Brasil, o equivalente a US$ 1,8 bilhão em exportações. Viana argumentou que essa matéria-prima alimenta uma cadeia produtiva que representa 1,2% do PIB americano.
“O café que sai do Brasil se transforma numa cadeia produtiva poderosa lá dentro. Eles aumentam esse negócio em 40 vezes”, disse, referindo-se à atuação de cafeterias, venda de máquinas e marcas como Starbucks. Ele acredita que pode haver pressão interna nos EUA para isentar o produto, como já ocorreu com o suco de laranja.
Outro exemplo citado foi o da carne. O Brasil exporta principalmente a parte dianteira do boi, mais magra, usada na produção de hambúrgueres. Viana explicou que esse tipo de carne complementa a carne americana, mais gordurosa, e atende à alta demanda do mercado consumidor dos EUA. “É essa parte que a gente exporta para os Estados Unidos. Por isso que é bom o mercado”, explicou.
O presidente da Apex defendeu a lógica de integração das cadeias produtivas globais e alertou que rupturas nesse modelo podem gerar prejuízos a diferentes elos. Ele citou o caso de sucos e outros produtos que dependem de insumos de diversos países.
Além dos Estados Unidos, Viana mencionou a China e a Europa como parceiros comerciais importantes. A China concentra 80% das importações brasileiras em três commodities: soja (US$ 40 bilhões), petróleo (US$ 20 bilhões) e minério de ferro (US$ 1 bilhão). Apesar da concentração, ele afirmou que o país asiático demonstrou interesse em absorver parte dos produtos impactados pelas tarifas americanas.
A Europa, segundo o presidente da Apex, também se destaca pela qualidade e diversidade dos produtos envolvidos nas trocas comerciais com o Brasil.
“Eu diria que entre os melhores parceiros estão os Estados Unidos e a Europa, pela qualidade do comércio que a gente tem com eles”, concluiu.
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