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Mercado atropela tarifaço e fecha em alta: Ibovespa B3 sobe 1,04%
Publicado 06/08/2025 • 17:24 | Atualizado há 3 dias
Publicado 06/08/2025 • 17:24 | Atualizado há 3 dias
Ibovespa B3.
Divulgação B3.
O índice da bolsa brasileira, Ibovespa B3, fechou em alta o pregão desta quarta-feira (6), com valorização de 1,04%, no mesmo dia em que as tarifas americanas sobre os produtos do Brasil entraram em vigor. O fechamento foi em 134.537,62 pontos, com destaque para os papéis da Raia Drogasil (+19,27%), da Cogna (+2,17%), Ambev (+1,29%) e Itaú Unibanco (+1,57%).
O dólar também caiu 0,76%, encerrando em R$ 5,46.
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A tendência de alta permaneceu durante todo o dia. O movimento é resultado de uma conjunção de fatores, que incluem apetite ao risco no exterior, recuperação dos preços do petróleo e balanços corporativos melhores que o esperado. Com isso, as movimentações políticas e as incertezas quanto aos efeitos do tarifaço americano sobre importações brasileiras fica em segundo plano.
“O apetite por risco está grande no exterior, com os investidores dispostos a colocar o dinheiro para trabalhar. Além disso, balanços fortes, como o do Itaú Unibanco, surpreenderam o mercado”, explica João Piccioni, CIO da Empiricus Asset.
No caso do banco, ele afirma que pontos específicos foram bem recebidos e ajudaram a alimentar o apetite por risco. “Esperava-se uma deterioração no crédito que não veio. Os resultados positivos da Embraer também contribuem para a percepção positiva, principalmente porque as aeronaves foram incluídas na lista de exceções das tarifas”, explica.
Quanto à sobretaxação a produtos brasileiros, o profissional afirma que o mercado mostra menor sensibilidade ao noticiário, enquanto aguarda novos desdobramentos do caso e os impactos do evento na balança comercial e na inflação.
As bolsas americanas também apresentaram um pregão positivo, com os três principais índices encerrando em alta. O Dow Jones subiu 0,18%, o Nasdaq +1,21% e S&P500 +0,73%.
Mais cedo, as bolsas da Europa também fecharam em alta. O desempenho positivo dos principais mercados acionários europeus foi acompanhado por investidores preocupados com divulgação de resultados corporativos e a medidas comerciais dos Estados Unidos. O ambiente foi influenciado pela expectativa quanto à possível redução da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), cuja decisão será anunciada na quinta-feira (7).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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