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Varejo projeta quase R$ 8 bilhões em vendas no Dia dos Pais, maior valor desde 2014

Publicado 09/08/2025 • 08:27 | Atualizado há 19 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • Dia dos Pais deve movimentar R$ 7,97 bilhões no varejo, crescimento de 3,2% em relação a 2024, segundo a Confederação Nacional do Comércio
  • Avanço é impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido e pela alta real da renda média dos trabalhadores
  • Vestuário lidera vendas, mas cosméticos ganham espaço; endividamento elevado e juros de 15% limitam fôlego do consumo
  • Tarifas dos EUA ainda não afetam diretamente o varejo, mas expectativa de câmbio mais alto pode pressionar inflação

O Dia dos Pais de 2025 deve movimentar R$ 7,97 bilhões no varejo brasileiro, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Se confirmar, será o maior volume desde 2014, com alta de 3,2% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

Para a CNC, o resultado é impulsionado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido e pelo avanço do rendimento médio dos brasileiros.

“O desemprego está no piso histórico, e não é só a ocupação que cresceu. A renda média real também subiu na comparação com o ano passado”, explica o economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, em entrevista ao Real Time. Apesar disso, ele pondera que o consumo ainda enfrenta obstáculos como inflação persistente, crédito caro e inadimplência elevada.

Mesmo com esses freios, o desempenho esperado é considerado positivo para a quarta data comemorativa mais importante do calendário comercial — atrás apenas do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças. “É uma data que abre o segundo semestre do varejo. E apesar do ambiente macroeconômico restritivo, o setor tem motivos para otimismo moderado”, afirma Bentes.

Vestuário e cosméticos lideram preferências

O setor de vestuário deve liderar as vendas do Dia dos Pais, com faturamento estimado em R$ 3,2 bilhões, seguido pelo segmento de cosméticos e perfumaria, que tem ganhado força. “Farmácias e lojas de beleza se modernizaram, diversificaram o mix e operam com reajustes menores. Estão colhendo os frutos agora”, diz o economista.

A inflação de serviços e a desvalorização esperada do real até o fim do ano, em parte devido ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos, ainda devem gerar pressão sobre os preços. A CNC projeta o dólar entre R$ 5,60 e R$ 5,70 até dezembro. Isso pode encarecer produtos importados e, consequentemente, impactar o consumo no Natal e na Black Friday, segundo Bentes.

Crédito e endividamento desafiam consumo

O otimismo do varejo esbarra em um cenário desafiador no crédito. Com a Selic em 15% ao ano, o custo do financiamento ao consumidor bate recordes. Segundo dados do Banco Central, a taxa média de juros ao consumidor está no maior patamar dos últimos dois anos.

“O problema maior é a inadimplência. Cerca de 81% das famílias com renda de até três salários mínimos estão endividadas, e parte significativa delas não consegue pagar em dia”, destaca o economista. Apesar disso, ele acredita que o mercado de trabalho ajuda a amortecer os impactos no curto prazo.

Tarifaço: mais expectativa do que impacto

Na avaliação da CNC, os efeitos diretos do tarifaço norte-americano ainda não chegaram ao comércio brasileiro, uma vez que o governo federal não adotou medidas de reciprocidade. “Se houver retaliação, aí sim o problema se internaliza. Mas por enquanto o varejo sente apenas os reflexos indiretos, como a expectativa de um dólar mais alto”, alerta Bentes.

Hoje, 36% da pauta exportadora brasileira para os EUA já está sujeita à tarifa de 50%, após revisão da lista inicial que previa alíquota para todos os produtos. Para o varejo, a preocupação é com importações inelásticas, como combustíveis e medicamentos, que podem pressionar a inflação caso a taxa de câmbio avance.

“É um cenário ainda administrável, mas que exige cautela. O mais importante agora é evitar uma escalada retaliatória”, conclui o economista-chefe da CNC.

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