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Economistas avaliam impacto de reunião Trump-Putin sobre inflação, crédito e commodities
Publicado 15/08/2025 • 12:07 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 15/08/2025 • 12:07 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Donald Trump e Vladimir Putin.
O Alasca volta a ser palco de um momento carregado de simbolismo geopolítico com o encontro de Donald Trump e Vladimir Putin na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, local que, durante a Guerra Fria, serviu como ponto de monitoramento das atividades militares da antiga União Soviética.
O encontro, marcado para as 16h (horário de Brasília), ocorre em meio a meses de trocas de críticas entre Washington e Moscou, mas também com sinais de disposição para diálogo. A expectativa global é de que a reunião possa avançar em direção a um cessar-fogo no conflito entre Rússia e Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não participará.
Se o pano de fundo histórico e diplomático é relevante, os possíveis reflexos econômicos impactam diretamente em nosso bolso. Doze economistas ouvidos destacam que qualquer aceno de cooperação entre as potências pode mexer no preço de energia e commodities, influenciar cadeias produtivas e afetar expectativas inflacionárias — com impactos diretos no Brasil.
Alguns apontam que um entendimento poderia reduzir pressões de custo, melhorar o ambiente para investimentos e criar condições mais favoráveis para o crédito. Outros ponderam que a complexidade do conflito e os interesses em jogo limitam as chances de mudanças substanciais a partir de um único encontro, defendendo cautela diante de reações iniciais do mercado.
O consenso é que, mesmo com possíveis efeitos imediatos nos preços de petróleo, gás e insumos agrícolas, o impacto sustentável sobre a economia global dependerá de compromissos concretos e de um processo diplomático contínuo.
Grande parte dos analistas vê nos preços de petróleo, gás natural e fertilizantes o canal mais imediato de impacto caso haja avanço diplomático.
José Alfaix (Rio Bravo) avalia que a retirada de tarifas extras e a redução da tensão recente poderiam aliviar preços de energia e fertilizantes, com efeito positivo em categorias específicas da inflação, embora sem grandes mudanças na dinâmica inflacionária global.
João Kepler (Equity Group) e Carlos Braga Monteiro (Grupo Studio) apontam que um acordo sólido poderia derrubar as cotações no curto prazo, beneficiando países importadores como o Brasil. Mas alertam que, sem compromissos sustentáveis, a volatilidade pode permanecer.
Sidney Lima (Ouro Preto Investimentos) lembra que um fracasso nas negociações tende a impulsionar o petróleo, enquanto um entendimento que flexibilize sanções e aumente a oferta teria potencial de aliviar custos de energia e transporte.
Para Volnei Eyng (Multiplike), um eventual acordo também teria peso político, posicionando Trump como pacificador e abrindo espaço para uma aproximação diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Outro grupo de economistas destaca como a previsibilidade de custos e cadeias de suprimentos afeta diretamente o crédito e a expansão empresarial.
Richard Ionescu (Grupo IOX) afirma que uma redução nas tensões traria condições mais favoráveis para financiar cadeias produtivas, especialmente nos setores sensíveis a variações de custo e demanda.
Gustavo Assis (Asset Bank) avalia que estabilidade e custos previsíveis melhoram a qualidade dos recebíveis e reduzem riscos, permitindo originar créditos mais competitivos.
Jorge Kotz (Holding Grupo X) ressalta que um cenário positivo daria segurança para empresas planejarem investimentos, enquanto a ausência de avanços manteria o capital caro e o ambiente defensivo.
No campo, o efeito potencial é direto.
Pedro Da Matta (Audax Capital) diz que decisões que reduzam custos de energia, fertilizantes e grãos aumentariam a competitividade do agronegócio brasileiro, melhorando margens e atraindo investidores. Em um cenário estável, o FIDC Agro se tornaria ainda mais estratégico para irrigar capital no setor.
A relação entre avanço diplomático e inflação global foi destacada por vários analistas.
Pedro Ros (Referência Capital) aponta que uma sinalização positiva poderia influenciar cadeias produtivas, custos globais e expectativas inflacionárias, favorecendo investimentos.
Para Sidney Lima, garantias sobre o fluxo de exportações russas e ucranianas teriam potencial para reduzir de forma significativa a inflação no mundo, abrindo espaço para políticas monetárias menos restritivas, inclusive no Brasil.
Felipe Vasconcellos (Equus Capital) lembra que menores pressões inflacionárias criam um ambiente propício para investimentos de longo prazo e projetos estruturantes.
Apesar do potencial, muitos dos especialistas reforçam que um único encontro dificilmente trará mudanças profundas.
Pedro Ros afirma que a complexidade do conflito exige um processo diplomático consistente para gerar previsibilidade e confiança.
Fábio Murad (Super-ETF Educação) destaca que, mesmo com possível flexibilização de sanções e aumento de oferta, não se deve esperar queda imediata nos preços, recomendando que investidores mantenham estratégias defensivas em ETFs de ouro ou setores resilientes.
Felipe Vasconcellos acrescenta que, sem mudança concreta, as tensões seguirão pressionando custos e travando decisões estratégicas de expansão.
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