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CEO da Nvidia, Jensen Huang, diz que levar chip de IA Blackwell para a China ‘é uma possibilidade real’

Publicado 27/08/2025 • 21:39 | Atualizado há 8 horas

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que existe uma "possibilidade real" de a empresa levar seu avançado processador Blackwell para a China
  • Huang projetou que o mercado de inteligência artificial no segundo maior país do mundo deve crescer 50% no ano que vem
  • As declarações otimistas de Huang, feitas na quarta-feira (27), vieram logo após a Nvidia divulgar um crescimento de 56% na receita do segundo trimestre, atingindo US$ 54 bilhões
Jensen Huang, CEO da Nvidia.

Jensen Huang, CEO da Nvidia.

Youtube Nvidia.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que existe uma “possibilidade real” de a empresa levar seu avançado processador Blackwell para a China, enquanto pressiona o governo dos Estados Unidos a liberar o acesso das fabricantes americanas de chips ao mercado chinês.

“A gente precisa continuar defendendo a importância das empresas de tecnologia dos EUA poderem liderar e vencer a corrida da IA, além de ajudar a tornar a tecnologia americana o padrão global”, disse Huang.

As declarações ocorreram logo após a Nvidia divulgar, nesta quarta-feira (27), um crescimento de 56% na receita do segundo trimestre em relação ao ano anterior, alcançando US$ 54 bilhões (R$ 293,05 bilhões), mesmo sem vender nenhum chip H20 para a China no período.

Huang também previu que o mercado de inteligência artificial no segundo maior país do mundo deve crescer 50% em 2025.

Negociações para exportação e desafios geopolíticos

“A chance de levarmos o Blackwell para o mercado chinês é real”, disse Jensen Huang na quarta-feira (27), durante a apresentação dos resultados trimestrais da Nvidia. “Precisamos continuar defendendo a importância das empresas americanas de tecnologia liderarem e vencerem a corrida da IA, além de tornar a tecnologia dos EUA um padrão global.”

Huang esteve pessoalmente na Casa Branca em julho e agosto para negociar licenças de exportação do chip H20, voltado para IA chinesa. Em agosto, a Casa Branca anunciou que o presidente Donald Trump e Huang fecharam um acordo: a Nvidia receberia licenças de exportação em troca de 15% das vendas do H20 na China destinadas ao governo dos EUA.

Após o encontro, Trump afirmou estar aberto a negociar também a exportação dos chips Blackwell, tecnologia de IA mais avançada da Nvidia atualmente e responsável pela maior parte da receita de data centers da empresa.

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Jensen Huang já declarou que é melhor para os desenvolvedores chineses de IA utilizarem chips da Nvidia, em vez de recorrer a alternativas locais — movimento que, segundo ele, poderia incentivar o setor de tecnologia chinês a correr atrás do prejuízo.

Potencial impacto da venda do blackwell na china

Se a Nvidia lançar o Blackwell na China, a expectativa é de uma explosão nas vendas, já que os desenvolvedores chineses de IA tendem a escolher os chips mais potentes do mercado. No entanto, a empresa teria que modificar os Blackwell destinados ao país, tornando-os mais lentos em alguns aspectos para cumprir as regras de exportação dos EUA.

“O Blackwell é super, mega avançado. Eu não faria um acordo com isso”, disse Donald Trump em agosto, mas acrescentou que poderia negociar uma versão “um pouco piorada” do chip.

Resultados financeiros e expectativas de receita

As declarações otimistas de Jensen Huang, feitas na quarta-feira (27), vieram logo após a Nvidia divulgar crescimento de 56% na receita do segundo trimestre, atingindo US$ 54 bilhões (R$ 293,05 bilhões), mesmo sem vender nenhum chip H20 para a China no período.

A empresa informou que liberou US$ 180 milhões (R$ 980,17 milhões) em estoque de chips H20 para um cliente fora da China, operação que representou US$ 650 milhões (R$ 3,54 bilhões) em vendas.

Segundo a Nvidia, a previsão de receita de US$ 54 bilhões para o trimestre de outubro não considera vendas do H20 na China, mas a companhia avalia que pode negociar entre US$ 2 bilhões (R$ 10,89 bilhões) e US$ 5 bilhões (R$ 27,23 bilhões) em chips, dependendo do cenário geopolítico.

“Se tivermos mais pedidos, conseguimos produzir mais”, afirmou Colette Kress, diretora financeira da Nvidia, durante conversa com analistas.

A empresa disse ainda que, apesar de já ter recebido algumas licenças após o encontro com Donald Trump, o governo dos EUA ainda não publicou regras oficiais detalhando como funcionará a fatia de 15% destinada ao governo americano.

“Autoridades americanas demonstraram expectativa de receber 15% da receita gerada com vendas licenciadas do H20, mas até agora o governo não publicou nenhuma norma formalizando essa exigência”, explicou Kress.

Oportunidade e desafios no mercado chinês de IA

Jensen Huang destacou a analistas que a China é o segundo maior mercado de IA do mundo.

“Estimo que o mercado chinês represente uma oportunidade de cerca de US$ 50 bilhões (R$ 272,27 bilhões) para nós este ano, caso consigamos atuar com produtos competitivos”, disse. “E, se for US$ 50 bilhões este ano, a expectativa é que cresça por volta de 50% ao ano.”

Relatórios recentes indicam que o governo chinês está incentivando os desenvolvedores de IA a utilizarem chips nacionais em vez dos da Nvidia.

“A gente ainda está aguardando a resolução de várias questões geopolíticas, com governos e empresas tentando decidir suas compras e os próximos passos”, afirmou Colette Kress.

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