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Fraude nos combustíveis que envolve alvos na Faria Lima movimentou R$ 52 bilhões

Publicado 28/08/2025 • 07:47 | Atualizado há 6 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • Polícia Federal, Polícia Militar, Gaeco e fiscais cumprem mandados em prédios da região como parte da Operação Carbono Oculto.
  • A ação ocorre em dez estados, com 42 alvos concentrados em cinco endereços na Faria Lima, incluindo empresas, corretoras e fundos de investimento.

A fraude no setor de combustíveis, que desencadeou a Operação Carbono Oculto na manhã de quinta-feira (28) e mira 42 alvos na Avenida Faria Lima, movimentou R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, de acordo com auditores-fiscais da Receita Federal. O esquema envolvia formuladoras, distribuidoras e mais de mil postos de combustíveis em dez estados (SP, BA, GO, PR, RS, MG, MA, PI, RJ e TO). De acordo com o Instituto Combustível Legal (ICL), lojas de conveniência, administradoras de postos e até padarias participavam das operações ilícitas.

A operação mobilizou em São Paulo 1,4 mil agentes da Polícia Federal e da Polícia Militar, além de promotores do Gaeco e fiscais das Receitas Federal e Estadual, que cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão nos estados.

Segundo o MPSP, a ação busca desarticular um esquema de fraudes bilionárias no setor de combustíveis, parte dele controlado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A facção se associou a outras organizações criminosas para se inserir em cadeias econômicas formais, incluindo o setor financeiro, utilizando distribuidoras, postos, transportadoras e fintechs.

Leia também: Operação da PF estima prejuízo de R$ 110 milhões por fraudes bancárias

As investigações apontam que os alvos são suspeitos de lavagem de dinheiro, fraude fiscal, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, estelionato e infrações contra a ordem econômica.

Um dos principais eixos do esquema envolve a importação irregular de metanol pelo Porto de Paranaguá (PR). O produto não era entregue aos destinatários oficiais e era desviado com documentação falsa, em desacordo com normas de segurança. O metanol, altamente tóxico e inflamável, era usado na adulteração de combustíveis, ampliando os ganhos da rede criminosa.

Mais de 300 postos investigados

Mais de 300 postos são investigados por fraudes. Consumidores pagavam por volumes menores de combustível do que o indicado nas bombas ou por produtos adulterados, fora das especificações técnicas da ANP.

Há relatos ainda de empresários que venderam postos sem receber o pagamento e foram ameaçados de morte ao tentar cobrar os valores devidos.

Os lucros do esquema eram reinvestidos em uma rede de empresas de fachada, fundos de investimento e instituições de pagamento, ocultando os verdadeiros beneficiários em sucessivas camadas societárias. Parte do dinheiro foi destinado à compra de usinas sucroalcooleiras, ampliando o controle do grupo sobre a cadeia produtiva.

As transações financeiras passavam por fintechs controladas pelo crime organizado, que operavam com contabilidade paralela. A escolha por esse tipo de instituição, em vez de bancos tradicionais, visava dificultar o rastreamento do dinheiro.

Além das medidas criminais, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo (CIRA-SP) anunciou providências para o bloqueio de bens equivalentes ao valor sonegado, estimado em R$ 7,67 bilhões.

(Notícia em atualização)

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